Fracassa licitação para construção de prédio principal da Unifesp em Guarulhos
Nenhuma construtora se apresenta para a obra. Atraso chega a dois anos
Por Da Redação
29 ago 2012, 12h16
Veja.com Veja.com/VEJA.com/VEJA.com
Publicidade
Publicidade
1/32 Local onde ficará o prédio principal do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Obra que deveria ter sido entregue em 2010 está prevista apenas para 2015. (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
2/32 No terreno acima está prevista a construção de um prédio acadêmico. Em 2007, quando começaram as atividades no campus, o plano previa a entrega do edifício no segundo semestre deste ano. A obra, no entanto, ainda nem foi licitada (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
3/32 Ao fundo, refeitório do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) funciona de forma improvisada em um galpão (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
4/32 Fachada do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
5/32 No campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o refeitório funciona em um galpão. Nota-se buracos na parede do local, comprometendo a higiene da cozinha (Lectícia Maggi/VEJA/VEJA)
6/32 Paredes mofadas e alimentos armazenados de forma precária no refeitório do campus de Guarulhos da Unifesp. Foto tirada em junho/2012 (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
7/32 Imagem mostra dispensa do refeitório do campus de Guarulhos com buracos na parede. Foto tirada em junho/2012. (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
8/32 Alunos afirmam que refeitório do campus de Guarulhos da Unifesp é insuficiente para o número de alunos (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
9/32 Alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Diadema têm aula em um prédio alugado, no centro da cidade (Lectícia Maggi/VEJA/VEJA)
10/32 Sala de informática da unidade Antonio Doll , do campus de Diadema da Unifesp, tem apenas três computadores (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
11/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
12/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
13/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída. Em 2008, a previsão era que de tudo estivesse concluído em 2009 (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
14/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
15/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
16/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
17/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
18/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
19/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
20/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
21/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra o atraso na entrega da obra (Reprodução/VEJA/VEJA)
22/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
23/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
24/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
25/32 Foto tirada pelo sindicato dos professores em novembro de 2011 mostra uma laboratório improvisado em um dos banheiros do campus de Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De acordo com o diretor do campus, Vinícius Barcellos, a situação permanece inalterada até hoje (Reprodução/VEJA/VEJA)
26/32 Foto do início do mês de junho mostra a situação das obras do campus de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Construção foi inciada em 2008 e até hoje não foi concluída (Reprodução/VEJA/VEJA)
27/32 Universidade funciona nas instalações de uma antiga escola rural da região (Reprodução/VEJA/VEJA)
28/32 Entrada do campus de Benjamin Constant da Universida Federal do Amazonas (Ufam) (Reprodução/VEJA/VEJA)
29/32 Inaugurada em 2007, universidade ainda utiliza as instalações de uma antiga escola rural por falta de instalações próprias (Reprodução/VEJA/VEJA)
30/32 Obras no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Rio das Ostras (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
31/32 Instalações improvisadas no campus da UFF: universidade foi a que mais abriu vagas no estado do Rio (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
32/32 Material estocado em contêineres: equipamentos que deveria aparelhar os prédios da universidade não podem ser usados (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
A novela sobre a construção do prédio principal do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que deveria ter sido entregue no segundo semestre de 2010, está longe do fim. A licitação realizada nesta semana para a construção do edifício fracassou: nenhuma construtora respondeu à convocação e, portanto, não há previsão para início da obra. A Unifesp confirmou a informação nesta quarta-feira.
De acordo com a instituição, o edital para a construção foi lançado no início do ano e atraiu inicialmente 23 construtoras, que retiraram a documentação técnica relativa ao projeto. Apenas 11 realizaram vistoria no local e estavam aptas a participar da concorrência. Contudo, nenhuma delas apareceu na universidade na última segunda-feira para a licitação e a abertura dos envelopes das companhias com o orçamento para a construção.
Continua após a publicidade
Ainda não há prazo para que novo edital seja anunciado. “As empresas serão convidadas a se reunirem com o setor de engenharia da universidade e, a partir daí, um novo edital será elaborado e divulgado”, afirmou em nota a Unifesp.
Neste ano, estudantes fizeram uma greve de cinco meses, exigindo melhorias e, principalmente, uma definição em relação ao prédio principal, que nunca saiu do papel. Um grupo de professores chegou a entregar um dossiê à reitoria defendendo a saída da Unifesp de Guarulhos, mas o Conselho de Assuntos Estudantis (CAE) da universidade decidiu manter o campus no local.
Com 20.000 metros quadrados, o edifício principal abrigaria 44 salas de aula, 22 gabinetes de pesquisa, refeitório e biblioteca. O reitor da Unifesp, Walter Albertoni, culpa a burocracia pelos atrasos. A saga começou em abril de 2009, com a contratação da Progetto Arquitetura, Engenharia e Construções Ltda, que não entregou o projeto no prazo estipulado de cinco meses. Multada em 36.350 reais, a empresa teve o contrato rescindido.
Dois anos depois, após realização de nova licitação, a NBC Arquitetura e Construções Ltda foi encarregada da tarefa e entregou projetos preliminares. A construção, contudo, emperrou novamente porque os orçamentos oferecidos por construtoras superavam o limite permitido pela instituição.
Com o novo fracasso nas licitações, a construção do prédio, que deveria ocorrer até o fim de 2015, deve demorar ainda mais. A última estimativa de custo da obra, que também deve ser ultrapassada, era de 50 milhões de reais. Como os valores são reajustados com base no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), o atraso custará ao contribuinte pelo menos 5,4 milhões de reais a mais.