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Estudante de escola pública é o 1º colocado em direito na UFBA

'Quero que os estudantes de escola pública se sintam representados, porque às vezes você só precisa de alguém que te apoie', afirma Livio Pereira

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 fev 2018, 21h05

O estudante Livio Pereira Rodrigues Trindade, de 18 anos, conquistou o primeiro lugar no curso de direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA) graças à boa nota obtida no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): 930 pontos na redação e 702 na nota geral.

O jovem fez o ensino médio vinculado ao curso técnico no Colégio Estadual Anísio Teixeira, em Salvador – e deseja que seu feito sirva de exemplo para outros estudantes de escolas públicas. “Eu quero que eles se sintam representados, porque às vezes você só precisa de alguém que te apoie. Felizmente, minha família, mesmo humilde, pode me dar suporte e eu me dediquei aos estudos por dois anos sem precisar trabalhar. Não sou um gênio; tudo o que conquistei veio do esforço”, afirma Livio.

Esforço, aliás, foi a palavra de ordem na rotina de estudos do jovem. “Eu nunca fui um aluno de destaque na sala. Sempre tirei notas suficientes para passar para o próximo ano, mas nunca era algo excepcional”, comenta. Com o fim do ensino médio se aproximando, a pressão para conquistar a tão sonhada vaga na faculdade aumentou. “Eu passei a me dedicar mais porque queria fazer psicologia. Adorava as disciplinas, mas um dia percebi que só gostava da teoria e não me imaginava como um bom ouvinte para os pacientes. Sou uma pessoa muito comunicativa e esse meu lado ficaria lesado”, conta.

Foi no caminho para o cabeleireiro que ele viu um consultório jurídico. “Aqueles profissionais bem vestidos me impressionaram tanto que eu resolvi pesquisar mais sobre a profissão. Quanto mais eu me aprofundava, mais eu gostava da ideia de prestar direito. Foi o que me fez mudar de direção nos estudos”, afirma o estudante.

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(Livio Pereira Rodrigues Trindade/Arquivo pessoal)

Com o sonho em mente, ele se planejou para uma dura rotina. Preparou um cômodo da casa para torná-lo confortável o suficiente para passar dias e noites mergulhado nos livros. No “canto do guerreiro”, como ele chamou o local, estudava das 7h da manhã até as 13h, com uma pausa para o almoço. Voltava às tarefas às 14h e só parava por volta da meia-noite. “O esforço deu certo. No dia em que vi meu nome em primeiro lugar, dei um grito tão alto que acordei minha família”, diz o jovem, rindo.

Agora que o sonho se tornou uma realidade, Livio mira a carreira de juiz. “Sinceramente, como qualquer calouro, tenho muita expectativa quanto aos cursos. Mas vou de coração aberto para o que o direito vai me oferecer. Vejo muita gente que entra querendo ser juiz federal e termina a faculdade só querendo passar no exame da ordem (OAB). No fundo, tenho um fetiche para me tornar juiz”, afirma o mais novo estudante de direito do Brasil.

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