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Ensino médio é passaporte para universidade no exterior

Cumprir etapa em escola internacional ou 'high school' prepara melhor o candidato para os processos de admissão das instituições de nível superior

Por Nathalia Goulart
25 out 2010, 08h26

Renata Grasso, de 18 anos, cursa o primeiro ano de literatura inglesa na Universidade St. Andrews, na Escócia (103ª colocada no ranking mundial de instituições de ensino superior da publicação Times Higher Education). A jovem faz parte do universo de mais de 24 000 brasileiros que deixaram o país para fazer o ensino superior. É também o caso de Níkolas Iubel, de 21 anos, que iniciou o terceiro ano de matemática e ciência da computação na prestigiada Universidade de Stanford (4ª do ranking), nos Estados Unidos. Para chegar onde estão, ambos enfrentaram processos de admissão à universidade muito diferentes daquele a que estão acostumados os estudantes no Brasil. A diferença é que Renata fez o ensino médio em uma escola internacional de São Paulo, enquanto Níkolas concluiu os estudos em um escola pública de Curitiba, no Paraná.

Por ter um currículo com validade internacional, Renata encontrou facilidades na hora de ser admitida em St. Andrews. Dá-se o mesmo com os jovens que realizam o ensino médio no exterior e, em seguida, emendam a universidade por lá. Além de um domínio da língua inglesa acima de média, desde cedo ela foi exposta a uma estrutura acadêmica semelhante à dos países que falam esse idioma. “Além da vantagem que o meu diploma proporcionou, estudar em um escola internacional me preparou melhor para o processo de admissão no exterior, que exige uma postura diferente daquela que o aluno brasileiro normalmente tem”, conta Renata.

Em geral, uma das diferenças de comportamento entre estudantes brasileiros e americanos é o empenho empregado durante o ensino médio. Os brasileiros tendem a se esforçar mais no último ano dessa fase, visando a preparação para o vestibular. Americanos e britânicos, por outro lado, distribuem o empenho nos três anos, já que, na hora de escolher seus alunos, as universidades estrangeiras levam em conta as notas obtidas durante todo o ensino médio.

Ingrid Storch, orientadora pedagógica da escola internacional Chapel, de São Paulo, aponta outros benefícios do ensino das escolas internacionais. “Essas instituições mostram desde cedo a seus alunos que estudar no exterior é uma possibilidade concreta. Com isso, a tendência é o aluno se preparar melhor”, diz.

O curitibano Níkolas, por outro lado, teve de cumprir um protocolo diferente – e mais trabalhoso. Além de apresentar certificados de proficiência em inglês e também em matemática, leitura e escrita, teve de providenciar a tradução juramentada, reconhecida no exterior, de todos os seus documentos. O maior esforço, porém, foi mesmo acadêmico. “Entrar em Stanford exigiu muito de mim. Como não tinha fluência no inglês, precisei me dedicar mais para obter uma boa pontuação nos exames de admissão”, conta.

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Andreza Martins, coordenadora nacional do Education USA, órgão do departamento de estado dos Estados Unidos que aproxima estudantes estrangeiros e universidades norte-americanas, concorda que os brasileiros que partem para o exterior no ensino médio levam vantagem sobre os demais candidatos. Mas garante que isso não deve desanimar o estudante que de fato se empenha para obter uma vaga em universidade estrangeira: “Eles estão aptos a conseguir uma vaga, como qualquer aluno de outro país. Nossa experiência mostra isso.”

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