Em meio a crise, diretor da Unifesp Guarulhos deve deixar cargo
Docentes da unidade são avisados por e-mail sobre mudança
Por Lecticia Maggi
5 set 2012, 13h12
Em meio à crise instalada no campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o diretor acadêmico da unidade, Marcos Cezar de Freitas, deve renunciar ao cargo. Em e-mail que circula entre professores nesta terça-feira e ao qual VEJA.com teve acesso, Glaydson José da Silva, vice-diretor da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH, nome oficial do campus Guarulhos), informa a decisão de Freitas e convoca reunião para a próxima quinta-feira para discutir o futuro da unidade.
Funcionando desde 2007, o campus de Guarulhos é o mais precário da Unifesp. Sem salas de aula suficientes, alunos utilizam um espaço cedido pela prefeitura em um Centro Educacional Unificado (CEU), localizado ao lado, para o ensino infantil. Para o próximo semestre, professores avaliam que não haverá condições de oferecer infra-estrutura adequada a todos os estudantes.
O prédio principal, que deveria ter sido entregue no segundo semestre de 2010, sequer foi licitado. O reitor alega problemas burocráticos para o atraso na obra. Realizada há uma semana, a última tentativa de licitação fracassou. De acordo com a Unifesp, nenhuma das 11 construtoras que realizaram vistoria na unidade respondeu à convocação para abertura dos envelopes de orçamento. Não há previsão para início da construção.
Desde segunda-feira, um ciclo de debates envolvendo professores dos seis cursos oferecidos no local, além de acadêmicos de outras instituições, discute os problemas do campus. O evento foi motivado pelo envio, há pouco mais de um mês, de um dossiê feito por professores pedindo que a Unifesp deixe Guarulhos e se instale no centro da cidade de São Paulo. Parte dos docentes alega que a unidade está isolada cultural e geograficamente.
O reitor Walter Albertoni descarta a ideia de retirar a Unifesp da cidade, mas já admitiu que alguns cursos podem ser transferidos se houver necessidade. Ele também cogita cancelar o ingresso de novos alunos em 2013. “Os alunos que entraram neste ano tiveram apenas duas semanas de aula. Podemos até fazer processo seletivo agora, mas para os estudantes ingressarem mais tarde”, afirmou.
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Insatisfeitos com as condições do campus, estudantes fizeram uma greve que durou cinco meses. Entre os dias 25 de maio de 17 de agosto, docentes também interromperam as atividades. O retorno às aulas foi marcado para a próxima segunda-feira.
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