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Censo mostra redução de matrículas no ensino superior

A taxa de ingressantes nas universidades particulares caiu 7% e isso é preocupante para o Brasil

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 out 2016, 23h16

A expansão das matrículas nas universidades particulares foi interrompida depois de seis anos de crescimento contínuo. Segundo o novo Censo da Educação Superior, a queda foi de 7% entre 2014 e 2015. A retração tem a ver com dois fatores: a crise econômica e a redução da oferta do Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies. As novas regras para obter o financiamento do governo federal e o corte de quase 500 000 contratos com estudantes, de 2014, foram determinantes para a revoada das salas de aula. Em números absolutos, deixaram de entrar 176 445 estudantes em universidades particulares.

Esse cenário é grave para o Brasil. Com os ventos da demografia até agora soprando a favor – o país ainda tem um bom contingente de jovens –, é imprescindível que uma grande parcela deles chegue à universidade. A janela favorável, conhecida como bônus demográfico (quando o número de pessoas produtivas supera o de crianças e aposentados em uma sociedade), irá se fechar nos próximos anos. Até lá, é crucial que esta turma em idade universitária seja bem formada, de modo a se tornar mão-de-obra produtiva e capaz de inovar.

No Brasil, menos de 20% chegam ao ensino superior. Em países desenvolvidos, o percentual supera os 80%. Do ponto de vista individual, o diploma faz uma enorme diferença aqui. Um brasileiro com curso superior ganha duas vezes e meia a mais do que o colega na mesma função que encerrou os estudos no ensino básico. A conclusão do curso universitário, portanto, é uma mola para a mobilidade social.

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Não só as instituições particulares, mas também as públicas registraram encolhimento nas matrículas, segundo o Censo. Ela foi de 2,6%. Segundo Carlos Monteiro, especialista em ensino superior, a crise financeira atingiu em cheio a classe C, que está postergando a entrada na universidade à espera de dias melhores. “Na crise, em vez de estudar, o jovem tenta um lugar no mercado de trabalho”, diz Monteiro.

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