Calouros da faculdade de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) passaram na terça-feira pelo tradicional “trote”. A violência das atividades, porém, colocaram a universidade em alerta. Em nota, a UnB classificou o episódio como “humilhante”.
De acordo com a agência de notícias da instituição, os novos alunos – já sujos de tinta, ovos, farinha e vinagre – tiveram que escorregar por uma poça de água no corredor do Minhocão. Estudantes sem camisa eram incentivados a escorregar de barriga no chão molhado. Em outra brincadeira, os calouros lambiam leite condensado de uma linguiça encapada com um preservativo.
Num curral improvisado nos fundos da universidade, os estudantes participaram ainda de uma gincana. A prova seria rodar ao redor de um cabo de vassoura com a testa em uma das extremidades até ficarem tontos para depois pularem em uma piscina de lama com pedaços de vegetais, legumes, folhas, galhos e lixo.
Vitor Dias, do 2º semestre, e um dos organizadores do trote, declarou que a intenção era promover a interação entre os calouros. “É como se fosse uma iniciação mesmo. Depois do trote, acaba a divisão entre calouros e veteranos”. O reitor José Geraldo de Sousa Junior, que condenou a atividade, discorda. “Essa não é uma maneira adequada de dar boas vindas. Os novos alunos não devem ser submetidos pelos veteranos a atitudes vexaminosas”, afirmou.
Os excessos cometidos em trotes dentro da UnB serão discutidos na próxima reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) que deve acontecer em 22 de julho.
(Com informações da Agência UnB)