Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Alunos ricos no Brasil são piores em leitura que pobres de outros países

Resultados da avaliação internacional da OCDE mostram que apenas 2% dos brasileiros alcançaram os níveis mais altos em uma das matérias

Por Giovanna Romano Atualizado em 23 dez 2019, 09h30 - Publicado em 3 dez 2019, 11h24

Os estudantes brasileiros com condição socioeconômica e cultural mais elevada são piores em leitura em comparação aos alunos pobres de outros países, como a China. Na disciplina Leitura, o Brasil ficou na 57ª colocação no ranking da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com nota 413 — a média geral foi 487.

A OCDE divulgou nesta terça-feira, 3, os resultados da edição de 2018 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglês), a principal avaliação de educação básica. O levantamento é realizado a cada três anos, com 600 mil estudantes entre 15 e 16 anos de 79 países.

O relatório da organização divide os alunos em quatro grupos, de acordo com as suas condições socieconômicas e culturais. Os brasileiros que alcançam o topo da pirâmide são minoria e estão entre os mais ricos. Em 2018, apenas 2% alcançou os níveis cinco ou seis em uma das matérias: contra uma média de 16% nos países desenvolvidos.

Em comparação com a disciplina leitura, a média do grupo de alunos brasileiros mais ricos é 470 pontos, o que coloca o país na 54ª posição entre os estudantes do mesmo nível socioeconômico. Entretanto, a nota é superada pela média dos alunos mais pobres de oito países: China, Estônia, Cingapura, Canadá, Finlândia, Irlanda, Coreia do Sul e Reino Unido.

Como exemplo, a nota em leitura dos estudantes mais pobres nas regiões de Beijing, Xangai, Jiangsu e Zheijang, na China, foi de 519 pontos (49 a mais do que do grupo de alunos brasileiros mais ricos). A nota média dos alunos mais ricos na mesma disciplina foi de 534 pontos.

O grupo de alunos brasileiros com condição socioeconômica inferior alcançou 373 pontos na disciplina leitura, diferença de quase cem pontos entre os mais ricos no país e de 146 pontos entre o primeiro no ranking na mesma categoria.

No resultado geral do exame, que testou o desempenho dos alunos em leitura, ciências e matemática, o Brasil ficou entre os últimos. O país subiu duas posições na avaliação de leitura, de 59º para 57º lugar; escorregou em ciências, de 63º para 66º; e tropeçou da 65ª para a 70ª posição em matemática — desde o último resultado, em 2015.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.