Zona do euro cresceu apenas 0,2% no terceiro trimestre
Alemanha e França puxaram o crescimento, mas resultado não afasta temor com possível recessão
As medidas de austeridade fiscal estão prejudicando o crescimento em todo o continente. Há algumas semanas, o novo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmou que espera uma recessão já no fim do ano
O crescimento da Alemanha e da França impulsionou a modesta expansão da zona do euro no terceiro trimestre. A economia dos 17 países que compartilham o euro cresceu apenas 0,2% no período com relação ao trimestre anterior e 1,4% comparada com o mesmo período de 2010, de acordo com dados do Eurostat. O resultado não foi suficiente para dissipar os temores com uma possível recessão na região.
O Produto Interno Bruto da Alemanha cresceu 0,5% no trimestre, após registrar alta de 0,3% e 0,1% nos trimestres anteriores. Já a economia França expandiu 0,4% no período, depois de crescer apenas 0,1% no trimestre passado.
Em toda a União Europeia, o estado das economias dos 27 países membros é parecido, com exceção da Romênia, que registrou expansão de 1,9% no terceiro trimestre com relação ao anterior, e no Chipre, onde o Produto Interno Bruto (PIB) retrocedeu 0,7%.
A economia da Grécia recuou 5,2% no terceiro trimestre deste ano, ante o mesmo período do ano passado, reduzindo as perdas em comparação com a queda de 7,4% registrada no segundo trimestre do ano. Economistas haviam previsto uma leve alta do PIB no período divulgado, em face da forte temporada turística que ajudou a estimular as vendas no varejo, junto com a boa performance do setor exportador. A expectativa é que o PIB da Grécia caia 5,5% neste ano e recue 2,8% em 2012, segundo a Comissão Europeia.
As demais economias registraram um crescimento nulo ou semelhante no terceiro trimestre, com taxas que vão de 0,3% a 0,8%. A grande surpresa foi a economia holandesa, que normalmente registra uma das melhores performances e desta vez retraiu 0,3%.
As medidas de austeridade fiscal estão prejudicando o crescimento em todo o continente. Há algumas semanas, o novo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmou que espera uma recessão já no fim do ano.
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(Com EFE)