A Bolsa de Nova York encerrou a segunda-feira em forte alta, influenciada por expectativas de que as autoridades europeias façam novos esforços por solucionar a crise da dívida e com investidores aproveitando as baixas da semana passada para ir às compras.
De acordo com cifras definitivas o Dow Jones Industrial Average encerrou o pregão em alta de 2,53%, a 11.044,17, e o termômetro da tecnologia, Nasdaq, obteve ganho de 1,35%, a 2.516,69 pontos no fechamento. Já o índice ampliado, Standard and Poor’s 500, avaçou 2,33%, a 1.162,95 pontos.
“Há muitas esperanças de que os problemas encontrem uma saída”, resumiu o analista da Cantor Fitzgerald, Marc Pado.
Apesar da alta, dizem os analistas, o mercado ainda está ansioso em relação ao anúncio de medidas concretas em relação à crise europeia.
Segundo os especialistas do escritório Charles Schwab, os mercados americanos tentam se recuperar das pesadas perdas da semana passada e foram ajudados nesta segunda-feira pela alta das bolsas europeias, cujos valores financeiros avançam impulsionados por rumores de eventuais medidas adicionais de combate à crise da dívida na Eurozona.
“Contudo, os investidores não estão convencidos de que os líderes do G20, que se reuniram em Washington na semana passada, sejam capazes de manter a ordem nos mercados mundiais”, disse o economista do site de análises financeiras Briefing.com, Patrick O’Hare.
“O mercado quer ver para crer, quer ações mais que palavras”, afirmou.
Segundo a rede CNBC, o plano europeu prevê a criação de um Banco de investimentos, que iria emitir bônus para ajudar na recuperação econômica de países com problemas na dívida.
Nos EUA, o único indicador importante do dia – relativo à venda de imóveis novos – apresentou recuo das vendas em agosto pelo quarto mês consecutivo, informou o Departamento do Comércio.
No mercado obrigatório, cujos rendimentos evoluem em sentido contrário aos preços, o rendimento do bônus do Tesouro com vencimento à 10 anos aumentou a 1,904%, contra 1,808% na noite de sexta-feira. Já os títulos à 30 anos fecharam a 3,002%, contra 2,871% na sessão anterior.
Na América Latina, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) obteve alta de 0,975%. O México ganhou 2,45% e Santiago fechou em alta de 1,06%.