A Bolsa de Nova York fechou sem rumo definido nesta sexta-feira, decepcionada pelas cifras provisórias do PIB americano para o último trimestre, mas segura da resolução da crise da dívida grega: o Dow Jones perdeu 0,58% e o Nasdaq subiu 0,40%.
Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 74,17 pontos, a 12.660,46 unidades, e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, gnahou 11,27 pontos, a 2.816,55 unidades.
O índice ampliado Standard & Poor’s 500, mais representativo da tendência geral, retrocedeu 0,16% (-2,11 pontos), a 1.316,32 unidades.
Durante todo o dia, Wall Street evoluiu sem rumo fixo, dirigindo as cifras do PIB publicadas antes da abertura.
O crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou-se 2,8% em ritmo anual durante o quarto semestre, segundo a primeira estimativa. Estas cifras são inferiores à média prevista pelos analistas, que apostavam em uma alta de 3,2% do PIB no quarto trimestre.
“Esta decepção se ressente no mercado, que atravessa atualmente uma fase de resistência”, observou Patrick O’Hare, do site de análise financeiro Briefing.com.
Mas Peter Cardillo, da Rockwell Global Capital, relativizou: “na semana que vem serão publicadas várias estatísticas, o que poderá impulsionar os índices para cima”.
O analista minimizou a queda de Dow Jones, citando apenas a queda da gigante petroleira Chevron, penalizada por seus resultados, que no entanto correspondem ao esperado.
Além disso, o mercado está confiante, disse, pois “o primeiro-ministro grego (Lucas Papademos) acaba de anunciar que um acordo sobre a dívida se aproxima”.
Os negociadores representantes dos credores privados da Grécia constataram nesta sexta-feira “avanços” em suas conversas com o governo grego para perdoar 100 bilhões de euros da dívida pública, e anunciaram que as negociações continuarão no sábado.
O mercado de títulos, por sua vez, terminou em alta. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos retrocedeu a 1,898% contra 1,931% na quinta-feira à noite, e os de 30 anos a 3,064% contra 3,090%.
O rendimento dos títulos evolui no sentido oposto a seu preço.