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Volks coloca 8 mil funcionários em férias coletivas

Empresa alemã é a montadora que tem mais metalúrgicos afastados atualmente; setor automotivo passa por uma crise na venda de automóveis no país

Por Da Redação
4 Maio 2015, 12h15

Cerca de 8.000 trabalhadores da linha de produção da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, entraram em férias coletivas a partir desta segunda-feira, por dez dias, segundo o sindicato dos metalúrgicos da região. A medida é um mecanismo para ajustar a produção à baixa demanda por veículos novos, cujas vendas acumulam queda de quase 20% em 2015 até abril. Em todo o país, já são mais de 13.000 metalúrgicos suspensos pelas montadoras, por motivos semelhantes.

A Volks é a montadora que possui mais metalúrgicos afastados atualmente. Além dos 8.000 em São Bernardo, a companhia tem 370 trabalhadores em lay-off (suspensão temporária dos contratos) em Taubaté, no interior paulista. Desse total, 120 estão suspensos desde o fim de abril e 250, desde março. Em ambos os casos, por cinco meses. A empresa ainda mantém 570 funcionários em lay-off, desde início do mês passado, em São José dos Pinhais, no interior do Paraná.

Procurada, a Volks não comentou a paralisação e declarou apenas que tem feito “uso de ferramentas de flexibilização para adequar o volume de produção à demanda do mercado”. Fontes do setor automotivo ouvidas pela reportagem, porém, confirmaram a parada da produção na fábrica de São Bernardo de 4 a 14 de maio. Na unidade, a montadora chegou a anunciar a demissão de 800 metalúrgicos em janeiro, para “adequar o efetivo”, mas voltou atrás após greve dos trabalhadores.

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Outras montadoras – A General Motors (GM) também é uma das montadoras com mais empregados afastados. De acordo com a empresa, 819 metalúrgicos estão em lay-off na fábrica de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, desde novembro do ano passado. Eles deveriam ter retornado ao trabalho no último dia 10 de abril, mas a companhia prorrogou o afastamento até 9 de julho. A montadora tem ainda 473 metalúrgicos com contratos suspensos na unidade de São José dos Campos, no interior paulista, desde março até agosto.

Na Mercedes-Benz, são 850 trabalhadores afastados ao todo. Segundo empresa e sindicatos, 750 estão suspensos desde maio do ano passado na fábrica de São Bernardo. A montadora chegou a anunciar a demissão de 500 desses funcionários em abril, mas revogou os cortes. Na negociação, porém, a companhia prorrogou o lay-off deles até 15 de junho e, até 30 de setembro, para os outros 250. A Mercedes tem ainda 100 metalúrgicos em lay-off até o fim de maio na fábrica de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais.

A Ford, por sua vez, tem 424 metalúrgicos em banco de horas desde 23 de fevereiro, por tempo indeterminado, em São Bernardo do Campo. No fim de março, a montadora demitiu 137 funcionários da unidade de Taubaté, após oito meses de lay-off. Na fábrica da Volvo em Curitiba , 1.500 trabalhadores estão em bancos de horas desde o dia 24 de abril para adequar produção à demanda. De acordo com a companhia, eles devem retornar ao trabalho nesta quarta-feira.

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Outros mecanismos – Além do afastamento temporário de trabalhadores, muitas montadoras estão recorrendo a planos de demissão voluntária (PDVs) e a paradas estratégicas da produção. Na fábrica de caminhões da MAN Latin America em Resende, no Rio de Janeiro, por exemplo, a carga horária está reduzida em 10% desde dezembro. Nas duas fábricas de ônibus da Marcopolo em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, acordo entre sindicato e empresa prevê até seis dias de parada da produção por mês, entre abril e maio.

A crise pela qual a indústria automotiva brasileira passa também tem afetado outros segmentos da cadeia automotiva. Com a produção de veículos em queda, a fabricante de pneus Pirelli vai colocar em lay-off por cinco meses, a partir das primeiras semanas de maio, 1,5 mil trabalhadores das quatro fábricas que possui pelo País: em Santo André (SP), Campinas (SP), Gravataí (RS) e Feira de Santana (BA). O número equivale a 12,5% de toda a mão de obra da empresa.

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(Com Estadão Conteúdo)

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