Vivo amplia integração de serviços na América Latina
Empresa lança plano de R$ 29,90 para ligações internacionais
Com a união societária e a consolidação de produtos sob a marca Vivo, a Telefônica Brasil avança agora no plano de integração internacional com a rede de sua matriz espanhola Telefónica na América Latina, atuando junto à marca Movistar. A operadora anunciará nesta sexta-feira um pacote de chamadas internacionais relacionado a seu serviço de comunicação instantânea por voz – o chamado push to talk (PTT) – Vivo Direto, lançado no ano passado.
O novo serviço consiste em chamadas ilimitadas entre assinantes do Vivo Direto e o equivalente da Movistar na região, chamado Movitalk, com preço de 29,90 reais por 30 dias para o pacote internacional, além do preço normal do Vivo Direto. “O que foi viabilizado com a integração foi o acesso à rede poderosa da Telefónica na América Latina”, disse o diretor de interconexão e roaming da Telefônica-Vivo, Gustavo Nóbrega, que não divulgou investimentos ou a base de clientes do Vivo Direto.
A empresa fechou abril com mais de 75 milhões de linhas móveis ativas. A busca de integração ocorre após a Telefônica Brasil ter consolidado seus serviços sob a marca Vivo, em abril. O avanço acontece também em um momento no qual operadoras buscam mais serviços competitivos para atrair ou reter clientes frente à forte concorrência no mercado de telefonia nacional. A Vivo tem mantido nos últimos meses participação de mercado perto de 30%.
Argentina e Uruguai – Primeiramente serão atendidos dois mercados externos considerados chave pela empresa: Argentina e Uruguai. Contudo, ainda em 2012, o serviço será expandido a outros países em que a Movistar atua: México, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Venezuela, El Salvador, Nicarágua, Guatemala e Peru. E a empresa ainda vê demanda por mais localidades. “Não queremos ficar parados só nesses países… Temos outras formas de também viabilizar em outros países. A gente vem estudando isso e, naturalmente, vem conversando com outras operadoras parceiras”, afirmou Nóbrega.
A Vivo vê num primeiro momento um mercado principalmente corporativo, segundo Nóbrega, interessado no caráter “ilimitado” do pacote. O operadora não descarta, entretanto, uma boa adesão do consumidor pessoa física.
A empresa ainda tem interesse no segmento de dados móvel fora do Brasil. “Em banda larga móvel enxergamos isso… a Internet está no nosso foco”, afirmou Nóbrega, sem dar mais detalhes. Apesar do preço de 29,90 reais para um serviço internacional, considerado agressivo pelo executivo, a empresa não vê que o pacote tenha margens apertadas e que será rentável para a empresa.
Leia mais:
Joint venture de Mastercard e Vivo vai operar em 2012
TIM, Oi, Vivo e Claro pedem impugnação parcial de leilão
(com Reuters)