‘Vitória do ‘não’ mostra que a democracia não será chantageada’, diz Tsipras
Primeiro-ministro da Grécia comemorou vitória no plebiscito sobre medidas de austeridade. Conselho Europeu confirma cúpula para terça-feira
Por Da Redação
5 jul 2015, 19h57
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/46 Em Heraklion, na ilha grega de Creta, pensionistas aguardam a abertura de uma agência bancária. Após três semanas os bancos reabrem na Grécia; porém, o controle de capital ainda é mantido - 20/07/2015 (Stefanos Rapanis/Reuters)
2/46 Manifestante é preso pela polícia de choque depois dos confrontos em Atenas, na Grécia - 15/07/2015 (Yannis Behrakis/Reuters)
3/46 Polícia de choque tenta conter um grupo manifestante durante protesto em frente ao Parlamento de Atenas, Grécia - 15/07/2015 (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
4/46 Polícia de choque fica entre as chamas das bombas de gasolina jogadas por um grupo de manifestantes em frente ao parlamento em Atenas, na Grécia - 15/07/2015 (Yannis Behrakis/Reuters)
5/46 Manifestantes do sindicato PAME protestam em frente a entrada do Ministério da Macedónia e Trácia, no norte da cidade de Thessaloniki , Grécia - 15/07/2015 (Alexandros Avramidis/Reuters)
6/46 O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras chega em seu escritório em Atenas, Grécia. Líderes da zona do euro concordaram em um novo acordo financeiro para ajudar a Grécia, mas Atenas deve realizar reformas antes de começar a falar sobre o pacote (Christian Hartmann/Reuters)
7/46 O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras e a chanceler alemã, Angela Merkel se reúnem na sede da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica - 07/07/2015 (Philippe Wojazer/AFP)
8/46 O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras e a chanceler alemã, Angela Merkel se reúnem com os demais líderes do continente na sede da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica - 07/07/2015 (Philippe Wojazer/AFP)
9/46 Yanis Varousfakis chega para uma conferência em Atenas. O ex-ministro das finanças da Grécia renunciou ao cargo após a vitória do "Não" às propostas dos credores (Alkis Konstantinidis/Reuters)
10/46 Pessoas olham para jornais com os resultados do referendo de domingo (6) em bancas no centro de Atenas, Grécia. Cerca de 61% dos gregos negaram as condições de resgate dos credotes em votação no domingo (5), deixando o futuro do país na zona do euro cada vez mais incerto (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
11/46 O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e o ministro de Estado, Nikos Papas, deixam o palácio presidencial após reunião com líderes de partidos no centro de Atenas, Grécia. Cerca de 61% dos gregos negaram as condições de resgate dos credotes em votação no domingo (5), deixando o futuro do país na zona do euro cada vez mais incerto (Christian Hartmann/Reuters)
12/46 Pessoas passam em frente a um painel com o fechamento da bolsa em Hong Kong, China. O mercado fechou em queda devido ao receio dos investidores de que a crise da Grécia venha a piorar (Bobby Yip/Reuters)
13/46 Aposentado discute com um policial enquanto tenta entrar no Banco Nacional para receber uma parcela de sua pensão, em Atenas, Grécia. Cerca de 61% dos gregos negaram as condições de resgate dos credores em votação no domingo (5), deixando o futuro do país na zona do euro cada vez mais incerto (Christian Hartmann/Reuters)
14/46 Gregos comemoram resultado do referendo (VEJA.com/AFP)
15/46 Em Atenas, gregos aguardam pelo resultado do referendo (Louisa Gouliamaki/AFP)
16/46 Em Atenas, gregos aguardam pelo resultado do referendo (VEJA.com/AFP)
17/46 Contagem de votos em Atenas, na Grécia (VEJA.com/AFP)
18/46 O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vota no referendo em Atenas, na Grécia (Aris Messinis/AFP)
19/46 O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, após votar em Atenas (VEJA.com/AFP)
20/46 O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, antes de votar em Atenas, na Grécia (VEJA.com/AFP)
21/46 Idosa chega para votar no referendo (VEJA.com/AFP)
22/46 Aposentado grego chora na fila em agência bancária em Atenas nesta sexta-feira (3) após governo permitir que eles façam saques acima de limite imposto (Sakis Mitrolidis/AFP)
23/46 Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3) na Grécia aponta uma ampla maioria a favor do euro (Christian Hartmann/VEJA)
24/46 Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3) na Grécia aponta uma ampla maioria a favor do euro (Louisa Gouliamaki/AFP)
25/46 Mulher observa um pôster no centro da Grécia que mostra uma imagem do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, com o slogan: Há cinco anos ele vem sugando seu sangue (Marko Djurica/Reuters)
26/46 Aposentados gregos aguardam na fila em agência bancária em Atenas nesta quarta-feira (1º) após governo permitir que eles façam saques acima de limite imposto (Alkis Konstantinidis/Reuters)
27/46 Pessoas são refletidas em um prédio durante protesto a favor da União Européia na ilha de Creta, Grécia. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse que os problemas que o país enfrenta devido ao fechamento dos bancos não durará muito (Stefanos Rapanis/Reuters)
28/46 Aposentados aguardam em frente ao Banco Nacional para receber seus benefícios. Cerca de mil bancos pela Grécia abriraram nesta quarta-feira (01) para permitir que os pensionistas recebam uma pequena parcela de seus benefícios (Alexandros Avramidis/VEJA)
29/46 Garçom assiste ao pronunciamento do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, em Atenas, Grécia. Tsipras pediu para que os gregos votem "não" no referendo de domingo (Christian Hartmann/Reuters)
30/46 Aposentados gregos aguardam na fila em agência bancária em Atenas nesta quarta-feira (1º) após governo permitir que eles façam saques acima de limite imposto (Yannis Behrakis/Reuters)
31/46 Aposentados andam pelas ruas de Atenas clamando por seus benefícios. O país limitou a retirada de 60 euros por dia nos caixas eletrônicos (Louisa Gouliamaki/AFP)
32/46 Gregos queimam dinheiro em protesto à restrição de saques nos caixas eletrônicos a 60 euros diários por pessoa (Alkis Konstantinidis/Reuters/VEJA)
33/46 A chanceler alemã, Angela Merkel, deixa o parlamento em Berlin, Alemanhã, após debate sobre a crise na Grécia. A chanceler afirmou que mesmo a Grécia não tendo cumprido suas obrigações, continua disposta a negociar (Fabrizio Bensch/Reuters)
34/46 Gerente de banco tenta explicar a situação para centenas de aposentados que fazem fila em frente ao Banco Nacional para receber seus benefícios, em Atenas, Grécia (Yannis Behrakis/Reuters)
35/46 Manifestantes durante protesto em apoio à permanência do país na zona do euro, em frente ao parlamento em Atenas, Grécia - 30/06/2015 (VEJA.com/Reuters)
36/46 Multidão protesta em frente ao Parlamento grego, nesta segunda-feira (29) (Neil Hall/Reuters)
37/46 Multidão protesta em frente ao Parlamento grego, nesta segunda-feira (29) (Neil Hall/Reuters)
38/46 Tropas da polícia de choque se posicionam em frente ao parlamento grego, em Atenas, durante protesto a favor da permanência do país na zona do euro (Marko Djurica/Reuters)
39/46 Multidão protesta em frente ao Parlamento grego, nesta segunda-feira (29) (Marko Djurica/Reuters)
40/46 Giorgos, um aposentado de 77 anos, fica fora de uma sucursal do Banco Nacional da Grécia em Atenas, enquanto espera, juntamente com dezenas de outros pensionistas, na esperança de obter seus benefícios - 29/06/2015 (Yannis Behrakis/Reuters)
41/46 Manifestantes se protegem da chuva com uma bandeira da União Europeia durante protesto em apoio à permanência do país na zona do euro, em frente ao parlamento em Atenas, Grécia - 30/06/2015 (Alkis Konstantinidis/Reuters)
42/46 Homem saca 60 euros, o limite máximo diário para saque em um caixa eletrônico em Piraeus, próximo a Atenas, na Grécia. Nesta terça-feira (30) termina o prazo para que o país pague uma parcela de 1,6 bilhão de euros ao FMI - 30/06/2015 (Yannis Behrakis/Reuters)
43/46 Bandeiras da União Européia e da Grécia (Aris Messinis/AFP)
44/46 Pensionistas são vistos em frente a agência fechada do Banco Nacional da Grécia, na esperança de receberem seus benefícios - 29/06/2015 (Stefanos Rapanis/Reuters)
45/46 Manifestantes carregam uma bandeira grega durante um comício em frente ao edifício do parlamento em Atenas pedindo ao governo para fechar um acordo com seus credores internacionais e garantir o futuro da Grécia na zona do euro - 22/06/2015 (Yiannis Liakos/Intimenews/Reuters)
46/46 Manifestante segura um apito enquanto se apoia no escudo da polícia de choque, que protege o prédio do parlamento, durante protesto clamando que o governo feche acordo com credores internacionais para assegurar o futuro da Grécia na zona do euro, em Atenas, Grécia - 22/06/2015 (Yannis Behrakis/Reuters)
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, disse que a vitória do “não” no plebiscito deste domingo, sobre novas medidas de austeridade exigidas pelos credores do país, é “uma mostra de que a democracia não será chantageada”. Em discurso transmitido pela televisão grega, ele agradeceu aos eleitores por fazerem “uma escolha muito corajosa”. O ‘não’ venceu o referendo com 61,31% dos votos, contra 38,69% do ‘sim’.
Tsipras também disse que “o povo grego respondeu à verdadeira questão que estava colocada: que tipo de Europa queremos? A resposta é: uma Europa de solidariedade” e que “hoje nós celebramos a vitória da democracia. Amanhã, continuaremos nosso esforço nacional para chegar a um acordo com os credores”. O primeiro-ministro acrescentou que pediu ao presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, que convoque uma reunião de emergência com os líderes de todos os partidos políticos para esta segunda.
“A questão da nossa dívida agora estará na mesa de negociação, à luz do recente relatório do FMI sobre sua sustentabilidade”, disse também Tsipras. Na última quinta-feira, o FMI havia divulgado relatório no qual afirma que a dívida da Grécia precisará de uma reestruturação – posição que o governo grego vinha defendendo, em oposição à dos demais governos dos países da zona do euro. “Nossa prioridade imediata é restaurar o funcionamento de nosso sistema bancário e a estabilidade econômica”, disse Tsipras.
Sobre o risco de que a rejeição das medidas de austeridade exigidas pelos credores leve a Grécia a sair da união monetária europeia, o primeiro-ministro disse: “Estou ciente de que o mandato que me foi dado não é para uma ruptura com a Europa, mas um mandato que reforça nossa força de negociação para que se chegue a um acordo sustentável. Todos nós sabemos que não há soluções fáceis, mas há soluções justas. Há soluções sustentáveis. A partir de amanhã, a Grécia vai se sentar à mesa de negociações”.
Europa – O presidente da França, François Hollande, se reuniu neste domingo com o primeiro-ministro do país, Manuel Valls, e com os ministros das Finanças, Michel Sapin, e de Assuntos Europeus, Harlem Désir, e outros membros do alto escalão do governo para avaliar as consequências do “não” no referendo da Grécia. A emissora “BFM TV” explicou que Hollande também ligou para os principais responsáveis das instituições europeias: Jean-Claude Juncker (Comissão Europeia), Donald Tusk (Conselho Europeu) e Martin Schulz (parlamento europeu).
Fontes do Palácio do Eliseu informaram também da conversa do chefe de Estado francês com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que irá a Paris amanhã para discutir uma posição comum dos dois países após o referendo grego. Hollande não deve se pronunciar publicamente sobre o resultado do referendo até o fim do encontro com Merkel, programado para ocorrer às 18h30 locais desta segunda-feira (13h30 em Brasília).
A reunião servirá para evitar discordâncias que ficaram em evidência nesta semana após a convocação do referendo pelo primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras. O presidente francês e a chanceler alemã mostraram na conversa de hoje respeito pela decisão do povo grego e pediram a convocação de cúpula extraordinária da zona do euro para terça-feira, em Bruxelas, solicitação já aceita por Tusk.
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