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Vigor se estrutura para captações com listagem em bolsa

Por Da Redação
12 mar 2012, 19h41

Por Fabiola Gomes

SÃO PAULO, 12 Mar (Reuters) – A listagem da Vigor na Bovespa abrirá espaço para futuras captações com emissão de novas ações e dívida no exterior, visando financiar a expansão da companhia que prevê mais que triplicar o faturamento em um prazo de até dez anos, disse o presidente da divisão de lácteos do JBS nesta segunda-feira.

“Depois de tudo consolidado, aprovado etc., aí tem duas possibilidades… Pode emitir mais (ações) e pode arrumar empréstimos, como fazer uma emissão (de bônus) no exterior. Aí dependerá do mercado”, afirmou Gilberto Xandó em entrevista à Reuters.

A Vigor fechou 2011 com faturamento de 1,5 bilhão de reais, mas estima atingir receita de 5 bilhões de reais nos próximos anos, baseada em seu programa de expansão que prevê incremento das vendas em Estados vizinhos a São Paulo, partindo de Minas Gerais e Paraná, e gradativamente reforçando operações no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás.

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A Vigor, subsidiária integral do Grupo JBS, é a quarta no ranking das empresas de lácteos e derivados do Brasil, com 6,9 por cento de participação, atrás de Nestlé, Danone e Brasil Foods.

Segundo o executivo, nos últimos três anos a empresa cresceu mais que o dobro da média do mercado e a expectativa é manter esse ritmo. Os investimentos realizados nos últimos anos em linhas como de iogurte e requeijão, segundo Xandó, permitem à Vigor “continuar crescendo neste ritmo superior à média do mercado até 2013”.

Em meados de fevereiro, o JBS anunciou planos de separar a Vigor por meio de uma oferta de permuta em que os acionistas do frigorífico poderão trocar parte das ações no grupo por papéis a serem emitidos pela empresa de lácteos.

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Xandó enxerga a operação como uma alternativa para aumentar a velocidade de crescimento da companhia.

Segundo ele, o plano de expansão é baseado atualmente no crescimento orgânico da companhia, que tem geração de caixa suficiente para cobrir as dívidas da empresa. O executivo não quis detalhar de quanto é a geração de caixa da companhia atualmente.

A Vigor fechou o ano passado com prejuízo de 7,6 milhões de reais, atribuído a questões tributárias, de acordo com Xandó. “Mas o resultado operacional da empresa é positivo”, disse.

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Laudo do Bradesco indicou que o passivo total da companhia em 20 de janeiro estava em 856 milhões de reais, sendo a maior parte em exigíveis de longo prazo.

O valor patrimonial da ação apontada pelo banco na ocasião do anúncio da operação de troca de ações era de 11,91 reais, para 100 milhões de ações.

EDITAL EM ABRIL

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Segundo o executivo, se a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a própria companhia seguirem o prazo total protocolar previsto para a operação, o edital sairia em meados de abril. Esse é o documento que vai trazer informações sobre a relação de troca e em quanto efetivamente a Vigor foi avaliada.

O valor apontado pelo laudo servirá de referência para os membros do Conselho de Administração do JBS que se reunirá para definir o valor final da relação de troca, que deve ocorrer após as autorizações dadas pela CVM.

O prazo para os acionistas se candidatarem à troca das ações do JBS pelas da Vigor é de mais 30 dias, após as autorizações. Os bancos responsáveis por coordenar a operação são o Bradesco e o JPMorgan.

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ACESSO A PROTEÍNAS

Xandó, que assumiu a empresa há cerca de sete meses, ressaltou que o setor de lácteos vem se beneficiando da melhoria de renda da população brasileira, com ascensão das classes C e D.

“O mercado de leite está em ascensão… O leite e os derivados do leite são a primeira porta de entrada para o acesso de proteínas para o mercado consumidor brasileiro.”

Questionado sobre possíveis aquisições, Xandó afirmou que “não vamos nunca falar que não estamos abertos a oportunidades… Tenho que ficar sempre atento, mas o nosso plano foi construído basicamente no crescimento orgânico”.

A empresa trabalha com um programa de investimentos de 350 milhões de reais até 2015, dos quais 45 milhões de reais foram aplicados nos últimos dois anos para expandir a capacidade de produção. Agora, os aportes incluirão também investimentos para infraestrutura logística, como centros de distribuição.

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