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Vice-ministro das Relações Exteriores será o novo ministro das Finanças da Grécia

Euclidis Tsakalotos está à frente das negociações com os credores internacionais desde abril; ele vai entrar no lugar de Varoufakis, que renunciou hoje

Por Da Redação
6 jul 2015, 13h56

O coordenador da equipe grega nas negociações com os credores e até esta segunda-feira vice-ministro das Relações Exteriores, Euclidis Tsakalotos, será nomeado para substituir Yanis Varoufakis à frente do Ministério das Finanças, informou o governo grego nesta segunda-feira.

Tsakalotos estava à frente da negociação em Bruxelas desde abril, quando o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, retirou Varoufakis da primeira linha das conversações após ele fazer fortes críticas aos parceiros europeus.

Embora tenha um estilo mais discreto do que Varoufakis, a nomeação de Tsakalotos não deve agradar muito os membros europeus. Isso porque ele mesmo se considera um representante da corrente mais radical do partido de extrema-esquerda Syriza. Na direção do Syriza há mais de uma década, Tsakalotos sempre foi o homem para as tarefas difíceis que ninguém queria fazer.

No governo de Tsipras, ele assumiu a responsabilidade de dialogar com os parceiros europeus, o que, após a ruptura das negociações em 25 de junho e o arrasador “não” às propostas dos credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) no referendo de domingo, certamente não será uma tarefa fácil.

O novo ministro de Finanças, no entanto, mantém boas relações com o presidente do Banco da Grécia, Yanis Sturnaras, a quem conhece desde seus tempos de estudante no Reino Unido. No passado, colaboraram em publicações científicas conjuntas, embora não compartilhem das mesmas ideias.

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O “aristocrata vermelho”, como Tsakalotos é chamado por alguns de seus companheiros do Syriza, por ser filho de uma família rica, foi objeto de polêmicas em 2013, quando sua declaração de patrimônio como deputado revelou que tinha investido grandes somas de dinheiro na companhia de gestão de investimentos Black Rock e no JP Morgan.

Tsakalotos explicou que se tratavam de investimentos de seu pai, que tinha acrescentado seu nome como co-proprietário destes bens. Além disso, Tsakalotos possui duas casas, uma no bairro de luxo de Kifisia, no norte de Atenas e outra na cidade de origem de seus pais, na comarca de Thesprotia, no noroeste da Grécia.

Nascido em 1960 na Holanda, Tsakalotos foi criado no Reino Unido, onde estudou Ciências Políticas e Empresariais na Universidade de Oxford e na Universidade de Sussex. Durante quatro anos, ele foi docente na Universidade de Kent. Tsakalotos chegou à Grécia apenas em 1993, e, assim como Varoufakis, é autor de uma série de livros. Ele é casado com Heather Denise Gibson, responsável há vários anos pelo departamento de pesquisas o Banco da Grécia, com quem tem três filhos. Tsakalotos é membro do comitê central do Syriza desde 2004.

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O ex-ministro das Finanças renunciou ao cargo nesta segunda-feira, poucas horas depois da vitória do “não” no referendo de domingo. Varoufakis justificou a decisão dizendo que sua saída pode ajudar o premiê, Alex Tsipras, a chegar a um acordo com os líderes europeus, depois que a população grega rejeitou as novas medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.

“Logo depois do anúncio do resultado do plebiscito, fui alertado de uma certa preferência por parte de alguns participantes do Eurogrupo pela minha ‘ausência’ das reuniões, uma ideia que o primeiro-ministro julgou ser potencialmente útil na busca por um acordo. Por esta razão, estou deixando o Ministério das Finanças hoje”, afirmou Varoufakis em comunicado.

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(Com agência EFE)

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