Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Venezuela paga US$ 1,5 bi a credores internacionais, mas receio de calote permanece

Pagamento mostra a disposição do país em continuar a rolar os 120 bilhões de sua dívida externa, mas investidores seguem com dúvidas sobre as finanças venezuelanas

Por Da Redação
26 fev 2016, 16h06

A Venezuela realizou um pagamento de 1,5 bilhão de dólares a seus credores internacionais nesta sexta-feira, no momento em que o país com dificuldades de caixa reúne fundos para evitar um calote. Os preços do bônus em questão, emitido pelo país há uma década, subiram para o valor de face nesta sexta-feira, segundo operadores, o que sugere que o governo realizou os pagamentos por meio de uma agência de compensação. O governo venezuelano ainda não fez o anúncio oficial sobre o pagamento do bônus.

Ainda que o pagamento não tenha sido uma surpresa para analistas e investidores, ele mostra novamente a disposição de Caracas em continuar a rolar os 120 bilhões de dólares de dívida externa, temendo que um calote possa levar o país a perder o controle da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). A companhia provê quase toda a moeda estrangeira que a Venezuela necessita para importar tudo, de leite a partes de máquinas.

“É encorajador para os detentores dos bônus que eles estejam dispostos a pagar, mas há realmente uma dúvida sobre a capacidade deles para isso”, afirmou Siobhan Morden, diretor-gerente da Nomura Securities International.

A Venezuela é um dos mais atingidos pela queda nos preços do petróleo, graças ao peso excessivo de suas exportações de energia. O país também se viu isolado por suas políticas econômicas, que incluem a nacionalização da maioria das indústrias e da dependência de importações para itens de necessidade do dia a dia. Como a receita com petróleo caiu muito, a dívida venezuelana avançou, em relação a uma economia em contração.

Continua após a publicidade

Até agora, o país tem queimado reservas do banco central e reduzido fortemente as importações, enquanto luta para pagar os detentores dos bônus. As reservas recuaram ao nível mais baixo em 13 anos na última sexta-feira, para 14,56 bilhões de dólares, com uma queda de 1,8 bilhão de dólares desde o início deste ano.

Em janeiro, o país enviou o equivalente a 1,3 bilhão de dólares em barras de ouro para a Suíça, segundo dados da Administração Alfandegária Federal da Suíça, em uma aparente tentativa de cumprir o pagamento de fevereiro. Mesmo com o pagamento desta sexta-feira, o temor de default permanece. Analistas e investidores mostram-se céticos sobre se o país teria dinheiro suficiente para lidar com a situação.

Leia mais:

Brasil fecha 99,7 mil vagas com carteira assinada e tem pior janeiro desde 2009

Vermelho sem fim: banco britânico encerra 2015 com prejuízo pelo oitavo ano seguido

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.