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Vendas do varejo recuam 0,8% em maio, maior queda desde 2008

Resultado veio abaixo das estimativas de analistas. Indicador subiu 8,2% na comparação com o quinto mês de 2011

Por Da Redação
11 jul 2012, 09h13

As vendas do comércio varejista restrito caíram 0,8% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, conforme informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a maior queda do comércio varejista desde novembro de 2008, quando o indicador recuou 1,3%.

O resultado também veio abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas, que projetavam desde uma queda de 0,30% a uma alta de 1,30%, com mediana positiva de 0,50%. Entre março e abril, o indicador subiu também 0,8%. Em comparação com maio do ano passado, o IBGE apontou alta de 8,2%, também menores que as projeções de economistas, que variavam entre alta de 9,00% e 11,30%, com mediana de 10,50%.

Segundo o órgão de estatísticas, três das oito atividades do varejo apresentaram taxas de variação negativa para o volume de vendas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%), combustíveis e lubrificantes (-0,8%) e móveis e eletrodomésticos ( -3,1%). No caso do último item, os dados mostraram que os esforços do governo em reduzir o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) desses produtos não surtiu muito efeito até maio. Em junho, o governo prorrogou o término do benefício.

Altos e baixos – No campo positivo, o item equipamentos e material para escritório, informática e comunicação foi o que mais cresceu em volume de vendas, 3,5%, seguido de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), tecidos, vestuário e calçados (0,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ficou estável. Estes itens compõem o varejo restrito, que, de janeiro a maio, teve alta de 9% nas vendas e 7,3% nos últimos 12 meses.

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Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,7% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam desde uma queda de 1,10% a uma alta de 1,60%, mas a queda foi maior que a mediana negativa de 0,10%. Somente o item veículos e motos, partes e peças aumentou 1,5%, enquanto materiais de construção recuou 11,3%.

Na comparação com maio de 2011, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 4,2% em maio deste ano. Até maio, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam altas de 5,8% no ano e de 5,3% nos últimos 12 meses.

Contexto econômico – Maio também não foi o melhor período para a indústria. A produção industrial caiu 0,9% em maio, o terceiro resultado negativo seguido na comparação mensal. O governo tem adotado medidas para estimular o consumo, especialmente por meio da redução do Imposto para Produtos Industrializados (IPI) de alguns itens. No fim de junho foi prorrogada a redução do IPI para a linha branca e móveis e, em maio, anunciado um pacote de estímulos para a indústria automotiva.

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Nesta quarta-feira, o Banco Central vai anunciar decisão sobre os juros básicos do país, a taxa Selic. Economistas ouvidos pela instituição para o relatório Focus desta semana acreditam em corte de 0,5 ponto percentual na atual Selic, que está em 8,5% ao ano.

IBGE – Para o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as medidas tomadas pelo governo para estimular o consumo não estão surtindo efeito nas vendas do varejo. O volume de vendas do varejo caiu 0,8% em maio ante abril. Mesmo o índice de média móvel trimestral, que reduz a volatilidade do indicador, se reduziu de 0,3% no trimestre encerrado em abril para 0,0% no trimestre encerrado em maio. Na avaliação do pesquisador, além do comprometimento de renda das famílias, o quadro de desaceleração da economia também afetou o humor para o consumo.

“O governo vem tentando resolver o problema da crise da mesma forma como enfrentou em 2008 e que deu certo. Só que agora tem um ingrediente que não tinha antes, que é o alto nível de endividamento do consumidor. O que os economistas dizem é que dessa vez a saída não é consumo, é investimento”, afirmou Pereira.

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(Com Agência Estado)

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