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Veja o que fazer com as ações da Vale após a tragédia em Brumadinho

Volatilidade em curto prazo e estabilidade lá na frente é o comportamento apontado por especialistas do mercado financeiro

Por André Romani, Larissa Quintino Atualizado em 30 jan 2019, 18h54 - Publicado em 30 jan 2019, 17h08

A tragédia em Brumadinho, na última sexta-feira, levantou dúvida em investidores sobre o que fazer com as ações da Vale. Na segunda-feira, os papéis levaram um tombo histórico de 24,5% após a ruptura de uma barragem de rejeito de minérios, em que dezenas de pessoas morreram e cerca de 276 estão desaparecidas. Apesar do desastre, as ações da mineradora apresentam sinais de recuperação. Então, manter o investimento tende a ser bom a longo prazo.

Esse é o conselho de especialistas ouvidos por VEJA; porém, é preciso que o investidor saiba lidar com a volatilidade da ação em um primeiro momento.

Nesta quarta-feira, 30, as ações fecharam em alta de 9,03% na bolsa de São Paulo, no segundo dia consecutivo de recuperação.

Segundo Rafael Passos, analista da corretora Guide Investimentos, as ações da Vale  tendem a variar muito a curto prazo. “Ainda há uma série de incertezas sobre o assunto”, explica. Ele recomenda, caso os investidores desejem fazer operações com os ativos da mineradora empresa, que mantenham suas apostas em médio e longo prazo.

Karel Luketic, analista-chefe da XP Investimentos, segue a mesma linha, dizendo que é preciso manter “cautela” nesses primeiros momentos. Entre essas incertezas sobre a tragédia, ele destaca as consequências judiciais que a empresa pode sofrer. Até agora, a mineradora teve 11 bilhões de reais bloqueados, devido a pedidos feitos à Justiça pelo Estado de Minas Gerais e pelo Ministério Público do Estado e a duas multas somando 350 milhões de reais aplicadas pelo Ibama e pelo governo mineiro. 

O otimismo em longo prazo é explicado por um anúncio feito pela Vale. Na terça-feira, o presidente da mineradora, Fábio Schvartsman, disse que a empresa vai paralisar a operação em dez barragens a “montante”, ou seja, que vão sendo ampliadas conforme o rejeito aumenta. A característica é comum tanto no desastre em Mariana quanto em Brumadinho. A medida representará uma redução na produção de 40 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, o equivalente a 10% da volume total da companhia.

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Para Luketic, mesmo com a perda de 10% no volume de exportação, a divulgação desse plano foi bem recebida pelo mercado, porque transmite segurança de que algo semelhante não voltará a ocorrer. “Também é importante, pois ajuda a precificar o prejuízo, dando mais estabilidade aos investidores.”

Parte dos acionistas também acredita na capacidade da mineradora de compensar esses efeitos negativos financeiros. Analisando os números da empresa nos últimos anos, Passos afirma que ela tem “fôlego para isso”.

Outro fator é a retomada das negociações entre China e EUA, como explica Ari Santos, da corretora H.Commcor. “É um momento pode ser positivo para manter os papéis e comprar mais. Com uma sinalização de trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China pode aumentar a demanda por ferro. A Vale exporta grande parte do minério de ferro que a China usa, então tende a ter uma valorização.”

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