Vale enfrenta terceiro processo coletivo nos Estados Unidos
Investidores americanos cobram perdas da mineradora após a tragédia de Brumadinho
A Vale vai enfrentar uma terceira ação coletiva nos Estados Unidos relacionada à tragédia de Brumadinho (MG). A nova ação foi protocolada na Corte Distrital Sul de Nova York.
O rompimento da barragem na mina no Córrego do Feijão, em 25 de janeiro, deixou ao menos 176 mortos e 134 desaparecidos, segundo dados da Defesa Civil de Minas Gerais, atualizados nesta sexta-feira, 22.
O processo cita, além da companhia, os executivos Fabio Schvartsman (atual presidente da Vale), Murilo Ferreira (seu antecessor) e Luciano Siani Pires (diretor financeiro).
A ação foi movida por dois escritórios especializados neste tipo de processo: Pomerantz LLC e Bronstein, Gewirtz & Grossman. O Pomerantz coordenou o processo coletivo contra a Petrobras depois dos casos de corrupção apurados pela Operação Lava Jato. A companhia firmou acordo para pagar 2,95 bilhões de dólares (aproximadamente 11,2 bilhões de reais) em indenizações.
Anteriormente, duas ações coletivas foram protocoladas ainda em janeiro acusando a Vale e sua diretoria de omitir os riscos do rompimento da barragem e causarem prejuízos financeiros aos investidores foram protocoladas pelos escritórios Rosen Law e Tha Schall.
A nova ação contra a Vale trata da aquisição de títulos da companhia, os ADRs, de 11 de abril de 2017 e 28 de janeiro de 2019. O processo demanda ressarcimento de perdas relacionadas à companhia, sobretudo a partir da tragédia de Brumadinho, com a alegação de que não atendeu leis sobre a prestação de informações a investidores.
Procurados, os escritórios de advocacia do caso não se manifestaram. A Vale disse não ter sido citada e frisou que se defenderá no momento oportuno.
(Com Estadão Conteúdo)