Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

UE apresenta na 4ª feira controverso plano de imposto sobre transações

Por Por Celine Loubette
27 set 2011, 14h45

Mesmo sem contar com o apoio dos Estados Unidos e sofrendo resistências entre alguns países do próprio grupo, a União Europeia (UE) deve apresentar amanhã um plano para taxar as transações financeiras, informou nesta terça-feira o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

A proposta, cujo objetivo é fazer com que o setor financeiro passe a contribuir mais para a recuperação da economia, foi debatida hoje pela Comissão Europeia e em seguida Barroso anunciou que ela deve ser apresentada na quarta-feira durante um discurso sobre o “Estado da União” ante o Parlamento Europeu.

Contudo, os líderes do projeto – Alemanha e França – não receberam o apoio esperado até o momento.

“Não há consenso atualmente”, disse o ministro francês de Economia, François Baroin. “As reticências dos Estados Unidos são alguns dos principais entraves”, completou Barroso em Washington.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, rejeitou veementemente o projeto durante a reunião de ministros das finanças europeus, realizada na Polônia há alguns dias.

Continua após a publicidade

A UE decidiu avançar ainda que sozinha no projeto, com o qual pretende envolver o setor financeiro na recuperação da economia e frear a especulação nos mercados financeiros.

“A ideia é buscar a contribuição do setor financeiro, que está em uma situação fiscal privilegiada devido ao fato de não pagar IVA, o que lhes permite economizar 18 bilhões de euros por ano na Europa”, disse uma fonte europeia à AFP.

A Comissão estuda impor uma taxa sobre os produtos financeiros mais comercializados (ações, bônus e derivados). E as dividiria da seguinte maneira: 0,1% para as ações e obrigações, e de 0,01% para os produtos derivados.

Caso seja aprovada, a taxa poderá proporcionar um lucro entre 30 bilhões a 50 bilhões de euros anuais.

Continua após a publicidade

Mesmo dentro da UE, no entanto, o plano não atingiu o consenso. Alguns países como a Grã-Bretanha, Suécia e Holanda já mostraram resistências.

Muitos países temem que as nações que não possuem o imposto acabariam por atrair mais atividade econômica.

Segundo especialistas, esse é um dos principais motivos para que vários países defendam a adoção global dessa medida como única maneira de ela se tornar efetiva.

De acordo com a Comissão, caso o projeto não receba a aprovação dos 27 países da União Europeia, ela poderá ser imposta, por exemplo, nos 17 membros da Eurozona, como já foi sugerido inclusive pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, e por seu homólogo belga, Didier Reynders.

Continua após a publicidade

Mesmo que aprovada pela Eurozona, no entanto, a taxa sobre as transações financeiras só seria estabelecida em 2014.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.