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Total de trabalhadores domésticos cai 3,5%; rendimento sobe 10,8%

De acordo com analistas consultados pelo site de VEJA, a expansão dos setores de serviços e comércio provoca a migração dos empregados domésticos

Por Talita Fernandes
27 set 2013, 10h02

O número de pessoas empregadas em serviços domésticos caiu 3,5% em 2012 na comparação ao ano anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira. De acordo com o levantamento, no ano passado, 6,35 milhões de pessoas tinham o trabalho doméstico como ocupação principal, enquanto em 2011 esse número era de 6,58 milhões.

Apesar da queda do número de trabalhadores na atividade doméstica, o rendimento mensal das pessoas que possuem essa ocupação cresceu 10,8%, entre aqueles que têm registro em carteira, e de 8,4%, para a atividade não formal.

De acordo com o economista Rafael Bacciotti, esse cenário reflete a queda de oferta do trabalho doméstico, enquanto a demanda permanece a mesma. “As pessoas que atuam no setor doméstico estão migrando para outros tipos de trabalho, devido à expansão de serviços e comércio, então a oferta diminui”, explica. Por outro lado, como a demanda continua forte, o preço desse tipo de trabalho tende a aumentar.

Setores – A ocupação no setor de serviços cresceu 2,2% em 2012, enquanto a taxa de ocupação total do país teve alta de 1,6%. Com isso, este é o segmento com a maior fatia de pessoas ocupadas, 45,2%, ou 42,4 milhões de trabalhadores. Em 2011, esse porcentual era de 44,9%, com 41,5 milhões de pessoas. Já o setor de comércio correspondia a 17,8% da população ocupada no ano passado, com 16,7 milhões. O crescimento de ocupação nesse setor foi de 1,2% em 2012, ante o ano anterior.

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Assim como a atividade doméstica, o número de trabalhadores no setor agrícola caiu 5,4% em 2012, para 13,4 milhões de pessoas. Essa atividade respondia por 14,2% dos ocupados em 2012, e 15,3%, em 2011. Para a sócia da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, a queda na taxa de ocupação na agricultura deve-se a dois fatores: o aumento da mecanização do campo, principalmente, e seca de 2012, que prejudicou a safra.

“Nesse período, a mecanização aconteceu de forma muito mais intensa do que vinha acontecendo nos anos anteriores, devido aos programas de incentivo do governo para a compra de maquinário agrícola”, disse Amaryllis. A analista acrescenta ainda que a seca de 2012, que atingiu principalmente a região sul, também tem impacto na queda de ocupação do setor, ainda que em proporção menor.

Com 13,2 milhões de trabalhadores, a indústria registrou recuperação da participação na população ocupada: de 14,0% em 2012 ante a 13,5% em 2011. O aumento de 0,5 ponto porcentual resultou no acréscimo de 724 mil trabalhadores no contingente dessa atividade, ou seja, expansão de 5,8%, a maior entre os grupos de atividade.

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A construção manteve seu ritmo de crescimento em 2012, quando a taxa de ocupação no setor expandiu 5,6% ante 2011. Com isso, o setor passou a corresponder por 8,7% da população ocupada no ano passado, frente a taxa de 8,4%, de 2011.

Fonte de trabalho – A Pnad 2012 mostrou ainda que, no ano passado, a população ocupada era composta por 62,1% de empregados (58,3 milhões), 20,8% de trabalhadores por conta própria (19,5 milhões), 6,8% de trabalhadores domésticos (6,4 milhões) e 3,8% de empregadores (3,6 milhões). Os demais trabalhadores (6,2 milhões) estavam distribuídos entre: não remunerados (2,7%); trabalhadores na produção para o próprio consumo (3,8%); e trabalhadores na construção para próprio uso (0,1%).

Na comparação com 2011, houve expansão da participação dos empregados e empregadores, em 0,8 e 0,4 ponto porcentual, respectivamente. Por outro lado, os trabalhadores domésticos e os trabalhadores por conta própria registraram retração de 0,4 ponto porcentual.

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