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Tombini vê desaceleração suave da China como positiva

O presidente do BC afirmou que a inflação do próximo ano ficará menor do que a de 2011 e que a expansão do PIB será maior

Por Da Redação
20 dez 2011, 11h24

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que uma desaceleração suave da economia chinesa, mas com crescimento ainda acima de 8%, é um cenário positivo para o Brasil em 2012.

Ele disse ainda que a China tem condições e instrumentos para arquitetar uma desaceleração suave, que não deixa de ser positiva para a nossa economia, com menos pressão inflacionária de commodities. “A economia brasileira poderá transitar com certa tranquilidade, considerando crescimento ainda acima de 8%”, afirmou. Em relação às demais economias emergentes, o presidente do BC disse que o cenário é de crescimento menor em 2012, com exceção do Brasil, que deverá crescer mais.

O presidente do BC afirmou ainda que esse cenário vai contribuir para um crescimento ainda baixo da economia mundial nos próximos anos. Tombini participou nesta manhã de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Inflação – Tombini afirmou que a inflação do próximo ano ficará menor do que a de 2011 e que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) será maior. “Quero passar duas mensagens: a inflação de 2012 será menor do que a de 2011, e esse processo já se iniciou”, disse, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. “E o crescimento econômico em 2012, na visão do BC, será maior que em 2011”, continuou.

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Tombini explicou que esse cenário é possível em razão dos efeitos defasados e cumulativos das medidas adotadas pelo governo até agora. Segundo ele, algumas medidas, como as do crédito, têm impacto no curto prazo. “Mas medidas no início do ano foram sentidas mais no terceiro trimestre. Primeiro, na economia, e depois, na inflação”, observou. “Há efeitos defasados”, voltou a enfatizar.

Mostrando otimismo com a reação da economia brasileira, o presidente do BC previu que haverá aceleração do ritmo de expansão ao longo do próximo ano. “A expansão do segundo semestre será maior que a do primeiro de 2012”, previu.

Tombini destacou que há uma política macroeconômica consistentemente conduzida no país e que o Brasil conta com um sistema financeiro sólido, o que é importante e o diferencia dos demais países. Ele disse ainda que o governo conseguiu manter e intensificar colchões de liquidez em moeda estrangeira e nacional e tomar ações tempestivas para minimizar impactos da economia internacional sobre o Brasil. “Lidamos, por exemplo, com a discussão dos EUA sobre elevação ou não do teto da dívida”, citou.

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O presidente do BC falou que os indicadores de dívida externa apresentaram uma melhora significativa. Ele apresentou também outros dados que estariam melhores hoje do que no passado. “Isso nos dá conforto para enfrentar um cenário econômico mais adverso”, disse. Tombini disse que o governo brasileiro tem capacidade de refinanciamento. “Este é um problema que está sendo enfrentado com grandes dificuldades no globo.”

Crise – Com relação a crise na Europa, Tombini considera que a zona do euro passa por problemas que ainda não possuem solução definitiva. “As negociações políticas avançam rumo à união fiscal na Europa, mas os detalhes não estão totalmente claros”, ponderou.

Na opinião do presidente do BC, o plano recente apresentado pelo bloco europeu não é solução definitiva para crise, os bancos ainda apresentam vulnerabilidade e o crédito tem sofrido, não só com redução de estoque, mas com fluxo de novos ativos em função da necessidade de se adequar o capital aos riscos existentes na área. “Com isso, a Europa deve ter baixo crescimento e alguns países, recessão”, previu, acrescentando que as expectativas de crescimento têm sido reduzidas “significativamente”.

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(Com Agência Estado)

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