Tombini: inadimplência recua no 2o semestre

BRASÍLIA, 5 Jun (Reuters) – O Banco Central prevê uma redução da inadimplência no país “ao longo do segundo semestre” e que o crédito continue com crescimento moderado, afirmou nesta terça-feira o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.
Segundo ele, na segunda metade do ano a economia brasileira vai acelerar.
“A inadimplência vai se reduzir ao longo do segundo semestre. Há uma distensão das condições monetárias que ajuda a reduzir o nível de inadimplência”, disse Tombini durante audiência pública na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização no Congresso Nacional.
A inadimplência no Brasil estava em 5,8 por cento em abril, último dado do BC, muito próximo ao recorde de agosto de 2009.
Tombini voltou a dizer que a economia brasileira acelerará também no segundo semestre. Para ele, a inflação continua convergindo para o centro da meta oficial, de 4,5 por cento ao ano, e espera que o indicador de maio -que será divulgado na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)- será inferior ao de abril, quando subiu 0,64 por cento.
“Inflação de serviços inicia processo de recuo”, disse o presidente do BC.
Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana dos analistas consultados, o IPCA terá alta de 0,42 por cento em maio.
Sobre o cenário internacional, o presidente do BC disse que continua com viés desinflacionário e com perspectivas de baixo crescimento mundial.
Tombini disse ainda que a expansão do crédito no Brasil prosseguirá ao longo dos próximos trimestres, em contexto de menores taxas de juros e spread bancário -diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final.
(Reportagem de Tiago Pariz; Texto de Patrícia Duarte)