Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Texto que causou demissões no Santander foi feito pelo banco Fator

Análise enviada junto com o extrato de clientes do segmento Select foi parcialmente copiada de relatório divulgado pelo Fator no início de maio

Por Da Redação
8 ago 2014, 15h51

O relatório que previa um cenário ruim para a economia brasileira com a reeleição de Dilma – e deu origem a quatro demissões no banco Santander – é, na verdade, uma cópia parcial de um texto escrito pelo banco Fator. Elaborado pelo economista da instituição, Paulo Gala, o relatório foi enviado a seus clientes em 9 de maio deste ano continha as informações que foram usadas pelo Santander em sua carta aos clientes. Das seis frases do relatório do Santander, cinco foram tiradas do texto do Fator.

A informação foi publicada nesta sexta-feira pelo jornal Valor Econômico. Questionado sobre o fato, o Santander afirmou que desconhecia a existência da análise do Fator. Procurado pelo site de VEJA, o Fator afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não cogita entrar com acusação de plágio contra o banco espanhol.

Bolsa, câmbio e juros em tempos de eleição
Bolsa, câmbio e juros em tempos de eleição (VEJA)

Demissões – O banco Santander demitiu quatro funcionários após a divulgação da análise. Entre os demitidos está a superintendente Sinara Polycarpo, responsável pela área Select, e outros três funcionários, incluindo o que escreveu o texto enviado aos clientes. Sinara estava no Santander há mais de seis anos.

Continua após a publicidade

Leia mais:

Censura petista faz consultoria quase duplicar sua base de clientes

Santander pede desculpas por carta sobre candidatura de Dilma

Continua após a publicidade

Repercussão – Quando a análise foi divulgada na imprensa, em 25 de julho, o Santander enviou comunicado afirmando que o texto não transmitia a opinião do banco e que não era papel da instituição induzir clientes ao voto. O banco disse ainda que havia tomado providências em relação aos responsáveis. Em seguida, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que se tratava de “situação inadmissível” e “terrorismo eleitoral”. Já a presidente Dilma afirmou que o pedido de desculpas do Santander não havia sido suficiente. Ele queria mais – inclusive falar com o próprio presidente do banco.

O ex-presidente Lula também não hesitou em opinar – usando, inclusive, palavras ofensivas. Coincidentemente, dois dias após o episódio, a prefeitura de Osasco cancelou um contrato de 2 bilhões de reais com o banco espanhol.

Além de cercear o Santander, o partido também protocolou uma representação impedindo que a consultoria de investimentos Empiricus veiculasse anúncios de suas análises prevendo a economia em apuros caso a presidente Dilma ganhe nas urnas. O tiro, pelo menos contra a Empiricus, saiu pela culatra: desde a censura petista, o número de clientes da consultoria quase dobrou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.