Telecom Italia confirma a sindicato planos de vender a TIM Brasil
Venda da filial brasileira deve ocorrer após a concretização do negócio envolvendo a Telecom Argentina
A companhia de telecomunicações Telecom Italia está disposta a vender sua parte na filial brasileira, TIM Participações S.A., assim que o acordo para a venda de suas ações na Telecom Argentina for fechado. Foi o que revelou o secretário-geral do sindicato italiano SLC-CGIL, Michele Azzola, na saída do encontro realizado nesta terça em Roma com o executivo-chefe de Telecom Italia, Marco Patuano. “Patuano disse que o Brasil é estratégico, mas também que, se chegasse uma boa oferta, (a participação no) Brasil também estaria à venda”, disse Azzola, em declaração divulgada pela imprensa italiana.
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Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidirá se permite que a Telefónica mantenha o controle da Vivo, da qual é proprietária, e, ao mesmo tempo, de modo indireto, da filial de Telecom Italia, a TIM Brasil. A Vivo é a operadora de telefonia celular líder do mercado brasileiro, com uma parcela de 28,69%, enquanto a TIM é a segunda e conta com 27,22% dos clientes, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Uma possível venda pela Telecom Italia de suas participações no Brasil poderia resolver essa questão de modo direto e aconteceria depois que a companhia italiana conseguisse vender ao grupo Fintech sua participação na Telecom Argentina por 960 milhões de dólares. A venda se inclui no plano de medidas extraordinárias que a companhia italiana pretende realizar para enfrentar sua complicada situação financeira, com um endividamento de 28,229 bilhões de euros, registrado no dia 30 de setembro.
Com esse objetivo, o Conselho de Administração também aprovou a emissão de 1,3 bilhão de euros em obrigações convertíveis, dos quais a Telefónica, presente no conjunto de acionistas da operadora italiana através da Telco (na qual é o único sócio estrangeiro), assinou 103 milhões de euros.
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(com EFE)