* Taxa sobre petróleo deve aumentar ante US$411,2/t em março
* Taxas de gasolina e nafta devem ficar em US$414,6/t
* Taxa de exportação de outros produtos deve subir a US$304/t
MOSCOU, 15 Mar (Reuters) – A taxa da Rússia sobre as exportações de petróleo para abril vai aumentar em 12 por cento, para 460,7 dólares por tonelada ante os 411,2 dólares em março, após um forte rali nos preços do petróleo, segundo mostraram os cálculos do Ministério das Finanças e da Reuters nesta quinta-feira.
O governo russo também está considerando um aumento na taxa de exportação de óleo combustível, à medida que tenta combater o déficit orçamentário.
Esta seria a segunda maior correção após a taxa sobre o petróleo atingir 495,9 dólares por tonelada em agosto e setembro de 2008, com a máxima recorde dos preços da commodity.
O governo anuncia oficialmente suas taxas de exportação ao final de cada mês. A taxa para abril será baseada no monitoramento dos preços de petróleo entre 15 de fevereiro e 14 de março da Urals .
O preço médio durante o período de monitoramento foi de 123,53 dólares o barril, acima dos 112,23 dólares por barril no espaço de tempo anterior, disse à Reuters o Ministério das Finanças, Alexander Sakovich.
Ele acrescentou que se opôs à proposta de alta da taxa do combustível.
“Isso iria complicar a situação da indústria”, disse ele.
Sobre os produtos do petróleo – caso a decisão sobre o aumento das taxas do combustível não seja tomada – a tarifa será fixada em 304 dólares por tonelada em abril, acima dos 271,4 dólares em março.
As exceções são a gasolina e nafta, sobre as quais são cobradas uma taxa de proteção, para evitar a escassez. Esses derivados vão arcar com uma taxa de 414,6 dólares, acima dos 370,1 dólares por tonelada em março.
O imposto de exportação sobre o petróleo a partir de alguns novos campos no leste da Sibéria e no Mar Cáspio, que possuem uma taxa mais baixa do que o produto de outras áreas de produção, vai aumentar para 241,5 dólares por tonelada em abril, contra 204,4 dólares este mês.
(Reportagem de Olesya Astakhova)
REUTERS PM FG