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Taxa de desemprego no Brasil cai a 6% em abril–IBGE

Por Da Redação
24 Maio 2012, 15h15

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO, 24 Mai (Reuters) – A taxa de desemprego caiu para 6,0 por cento em abril no Brasil, ante 6,2 por cento em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O resultado do mês passado é o melhor para abril desde 2002, quando iniciou a série histórica.

Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões de 17 analistas consultados, a taxa seria de 6,2 por cento no mês passado. As estimativas variaram de 6 a 6,4 por cento.

“O resultado de abril mostra uma tendência de possível aquecimento do mercado de trabalho. Isso pode ser reflexo de uma pequena melhora da economia”, afirmou o economista do IBGE Cimar Azeredo, ao frisar que foi o primeiro recuo da taxa em 2012.

Apesar da melhora no nível de emprego, o rendimento médio da população ocupada caiu 1,2 por cento no mês passado ante março, mas subiu 6,2 por cento sobre abril de 2011, atingindo 1.719,50 reais.

Segundo o IBGE, o desempenho de abril foi a primeira queda no rendimento desde setembro do ano passado (-1,8 por cento), mas a expansão sobre abril de 2011 foi a mais expressiva para esses meses e a maior desde outubro de 2010.

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“A queda mensal foi puxada pela indústria e pela construção. A indústria não tem movimentos positivos esse ano. Já a construção se deve a entrada expressiva de empregados, normalmente com salários mais baixos”, destacou o economista Azeredo.

O IBGE informou ainda que a população ocupada cresceu 0,3 por cento em abril na comparação com março e 1,8 por cento ante o mesmo período do ano anterior, totalizando 22,709 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas avaliadas.

Já a população desocupada chegou a 1,462 milhão de pessoas, queda de 2,5 por cento ante março, e queda de 4,9 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.

O fortalecimento da renda e do emprego tem sido uma das principais armas do governo para evitar uma desaceleração ainda maior da economia brasileira. Isso porque, não se cansam de afirmar os membros da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, a demanda interna aquecida é importante neste momento de crise internacional.

O governo já reconheceu que a economia brasileira não começou bem este ano. Dados do próprio Banco Central mostraram que o Brasil entrou 2012 desacelerando, prejudicado principalmente pela dificuldade da indústria em lidar com a fraca demanda global.

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De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o primeiro trimestre deste ano registrou alta de 0,15 por cento quando comparado com o quarto trimestre do ano passado, abaixo da expansão de 0,20 por cento vista entre outubro e dezembro passado.

CONSTRUÇÃO E INDÚSTRIA

Entre março e abril, informou o IBGE, o setor que mais contratou foi o da construção civil, com 4,7 por cento de expansão, o equivalente a mais 84 mil vagas. Por outro lado, a indústria apresentou mais um resultado negativo em abril, com queda de 1,6 por cento, ou 58 mil vagas a menos.

“A construção se beneficia do aumento do poder de compra da população com avanço na renda, no crédito e outros fatores”, declarou o economista do IBGE, acrescentando que a indústria pode estar sofrendo com aumento nas importações e com a economia pouco aquecida.

Um dado negativo da pesquisa de abril foi a queda de 0,2 por cento no emprego com carteira assinada ante março e a expansão mais suave no emprego com carteira em relação a abril de 2011, de 2,8 por cento.

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Com o resultado de abril, a taxa média de desemprego em 2012 está em 5,9 por cento, contra 6,4 por cento no mesmo período de 2011. Na média de todo o ano passado, a taxa de desemprego foi de 6 por cento, segundo o IBGE.

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