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Taxa de custódia do Tesouro Direto cairá para 0,25% a partir de janeiro

A taxa, hoje, é de 0,3% ao ano; secretário diz que mudança proporcionará 26 milhões de reais a mais em rendimentos

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 28 dez 2018, 16h13 - Publicado em 28 dez 2018, 09h10

O Tesouro Nacional anunciou nesta quinta-feira, 27, a redução da taxa de custódia cobrada pela B3 de quem aplica recursos no Tesouro Direto. A taxa que hoje é de 0,3% ao ano passará a 0,25% ao ano a partir de 2019. Segundo o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, a mudança negociada com a B3 vai proporcionar 26 milhões de reais a mais em rendimentos para os investidores do Tesouro Direto.

O Tesouro Direto é uma plataforma lançada pelo governo para facilitar o investimento em títulos públicos. Hoje, são 2,9 milhões de investidores cadastrados e um estoque de 53,158 bilhões de reais aplicados. No mês passado, quase dois terços dos que aplicaram recursos no Tesouro Direto compraram títulos no valor de até 1.000 reais, o que mostra a adesão de pequenos investidores, segundo o órgão.

A mudança na taxa da B3 ocorre logo após grandes bancos terem zerado a taxa de administração que era cobrada dos investidores que buscavam essas casas para aplicar os recursos. Embora algumas corretoras já tivessem implementado a isenção na taxa de administração, grandes bancos cobravam em média 0,5% sobre as aplicações.

Segundo Ladeira, essa medida já havia potencializado os rendimentos dos investidores em algo próximo a 100 milhões de reais ao ano.”O Tesouro já era competitivo em relação a fundos de investimento, que chegam a cobrar taxa de 2% de administração, e agora ficou ainda mais competitivo”, afirmou o secretário-adjunto.

De acordo com ele, não foi possível reduzir ainda mais a taxa de custódia da B3 porque ela tem um custo de administração para manter o sistema funcionando. Além disso, a B3 arca com toda a parte de educação financeira, o que é visto como um “custo positivo” pelo Tesouro Nacional.

“Poderia reduzir mais a taxa, mas perderia agenda de educação financeira, que é pauta muito cara pra nós. Mas está na nossa agenda uma revisão constante”, afirmou Ladeira.

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