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Taxa básica de juros deve chegar a mínima histórica nesta quarta

As projeções para a Selic em 2018 ainda não são unânimes. As incertezas políticas e econômicas diante das eleições podem levar a nova alta

Por AFP Atualizado em 6 dez 2017, 16h50 - Publicado em 6 dez 2017, 07h53

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve cortar, nesta quarta-feira, a taxa básica de juros Selic em meio ponto porcentual, a 7%, um mínimo histórico propiciado pela queda da inflação.

As projeções para 2018, contudo, ainda não são unânimes. As incertezas políticas e econômicas diante das eleições podem levar a uma nova alta dos juros.

Segundo a pesquisa Focus, do BC, as expectativas do mercado estão inalteradas há doze semanas: em sua última reunião do ano, o Copom reduzirá a taxa Selic de 7,5% a 7%, em seu décimo corte seguido.

A Selic, principal ferramenta de combate à inflação, chegaria, assim, ao seu mínimo histórico. O atual, de 7,25%, durou de outubro de 2012 a abril de 2013.

No começo do ciclo de cortes, em outubro de 2016, a Selic estava em 14,25%, em meio à recessão econômica combinada à inflação.

Mas o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) caiu de 10,67%, em 2015, para 6,29%, em 2016 e 2,70% na evolução de doze meses até outubro deste ano. Em junho, aliás, foi registrado um índice negativo pela primeira vez desde 2006.

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O mercado espera uma inflação de 3,03% até o fim do ano, quase no piso da meta da BC – cujo centro é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto porcentual para cima, ou para baixo. Em 2018, deve chegar a 4,02%.

A queda dos preços voltou a estimular o consumo e a retomada lenta da economia brasileira – que cresceu 0,9% nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2016.

Analistas consultados na pesquisa preveem crescimento do PIB de 0,89% neste ano e de 2,60% em 2018.

Copa e eleições

Para 2018, os analistas divergem bastante sobre os rumos da Selic. “O fator incerteza é muito grande, e por isso a dispersão e tão grande”, disse Marcos Melo, professor de Finanças do Ibmec.

Vão pesar sobre a economia “muitos fatores: a eleição, as tentativas de aprovação da reforma da Previdência, as condições do mercado internacional e até mesmo a Copa do Mundo” na Rússia, explicou.

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“A tendência é aumentar o consumo se a perspectiva é de ganhar uma Copa do Mundo, porque aumenta o nível de confiança do consumidor”, explica.

O presidente Michel Temer e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, devem encontrar dificuldade de aprovar o projeto impopular de reforma de Previdência no ano das eleições presidenciais e legislativas.

Outra fonte de incertezas é o resultado das eleições, que ainda não têm rumo claro.

O BC já alertou, no fim de outubro, que via espaço para uma redução moderada da taxa em dezembro, embora queira conservar sua liberdade para fazer um “balanço de riscos” antes de decidir se dá ou não continuidade ao ciclo.

A primeira reunião do Copom em 2018 está marcada para fevereiro.

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