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Taxa básica de juros a 9% não é problema para poupança, diz Mantega

Contudo, para analistas, juros em queda minam a competitividade dos fundos e podem provocar corrida para a poupança

Por Da Redação
19 abr 2012, 18h15

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o fato de a taxa básica de juros (Selic) estar em 9% ao ano não é um problema para a caderneta de poupança. Na avaliação dele, a questão também envolve as taxas de intermediação dos fundos de investimentos, os quais podem diminuir. “Com o juro básico a 9%, não há necessidade de mudar a regra da poupança”, afirmou o ministro após participar de reunião com representantes dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O assunto envolvendo a remuneração da poupança pode voltar à cena após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter reduzido a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual nesta quarta-feira, para 9% ao ano, em uma ação já esperada pelo mercado. Para os próximos meses, o ambiente mostra-se bastante incerto, mas já existem vozes no mercado que apontam para nova queda da taxa na próxima reunião, em maio.

Segundo analistas, os juros relativamente baixos para os padrões brasileiros poderiam começar a trazer distorções. Isso porque a caderneta tem remuneração fixada em 0,50% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR), com isenção de Imposto de Renda. Com a Selic menor, que remunera as aplicações em renda fixa, os investidores podem migrar para a poupança, causando distorções como menor demanda por títulos públicos, remunerados com base na taxa básica da economia.

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O ministro voltou a dizer que as intervenções que estão sendo feitas no câmbio pelo governo são importantes para garantir a competitividade da indústria nacional. “Nós estamos provando na prática que as intervenções no câmbio, já que outros países resolveram usar essa estratégia, são eficazes e podemos diminuir essa desvantagem que a nossa indústria tem tido”, afirmou.

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Ele acrescentou que, do ponto de vista financeiro há “um pouco mais de estabilidade” no mundo porque o Banco Central Europeu (BCE) foi liberado para fornecer mais recursos. A medida, segundo ele, evitou uma crise bancária e aumentou a proteção contra a crise, trazendo “um pouco mais de segurança” à zona do euro.

O ministro acrescentou, no entanto, que existem outros problemas. “E o que mais preocupa é o baixo nível de crescimento desses países (da zona do euro), que contagia também os países emergentes.” O mercado está de olho na Espanha, que tem sofrido um pouco para fazer leilões de títulos públicos, com a desconfiança sobre sua capacidade de honrar compromissos.

Brics – Mantega disse que o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) não está pronto ainda para se comprometer com valores de novos recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). “Não estamos preparados para definir uma cifra porque existem condições prévias que não foram respondidas pelos países; se vai haver o cumprimento das agendas de reformas, se as reformas estarão dentro do prazo”, afirmou após participar de reunião com representantes dos Brics.

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(com Reuters)

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