Por Luciana Collet
São Paulo – A tendência para os próximos anos é de que a tarifa de transmissão de energia elétrica reduza sua participação na conta final cobrada do consumidor, afirmou o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Alves de Santana. Atualmente, a participação da chamada Tust (tarifa do uso do sistema de transmissão) no total da tarifa é 13%. Ele acredita que esse porcentual deve se reduzir rapidamente para a média mundial de 8%, tendo em vista que somente no último ano houve um recuo de um ponto porcentual.
O diretor, que participou hoje de fórum sobre energia realizado em São Paulo, explicou que a tarifa da transmissão aumentou de 4% há quase 10 anos para 14% no ano passado em função da expansão da transmissão, seja porque até o racionamento havia falta de linhas, seja para integrar as grandes usinas da região amazônica. “Acho que essas grandes obras já foram feitas. De agora em diante continuará tendo obras, mas não com o valor que foi feito”, comentou. “Não há razão para o custo continuar subindo tanto.”
Segundo Santana, hoje o sistema de transmissão possui índice de carregamento de 30%. “Ou seja, tem muita linha de transmissão, o problema é que tem de ter no lugar certo”, completou.