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Efeito coronavírus leva dólar a R$ 4,44, o maior valor da história

Com mercado fechado por quatro dias, moeda americana refletiu temores registrados no começo da semana ao redor do mundo

Por Victor Irajá Atualizado em 26 fev 2020, 17h39 - Publicado em 26 fev 2020, 17h22

A quarta-feira de cinzas foi um dia atípico no mercado de câmbio brasileiro. Na ressaca do Carnaval, depois de o mercado ficar fechado por quatro dias, o dólar disparou, refletindo as preocupações com o surto de coronavírus, que atingiu a Europa de forma frontal. Também deve-se levar em conta a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil na noite da terça-feira 25, que atiçou os investidores no mercado local a buscarem alternativas seguras de investimento, como ativos do governo americano ou o estável ouro. Resultado: a moeda americana fechou o pregão valendo 4,44 reais, o maior valor nominal já registrado na história, com avanço de 1,2%.

O resultado foi impulsionado pelo acúmulo de notícias negativas nos dias da festa de Momo. Enquanto os brasileiros pulavam nos blocos ao redor do país e assistiam aos desfiles de escolas, a Itália via os casos de coronavírus ascenderem. O país confirmou mais de 370 casos e doze mortes em decorrência da doença — e os mercados italiano e os principais europeus — adoeceram junto.

Na segunda-feira 26, a queda de 5,4% levou a Bolsa de Milão a registrar sua pior data desde meados de 2016. No dia seguinte, o pregão foi encerrado em baixa de 1,4%. O mercado teve leve recuperação nesta quarta, fechando em alta de 1,38%. Os resultados péssimos de segunda e terça acabaram replicados nos principais mercados da Europa, como França e Alemanha, e do outro lado do mundo, nos Estados Unidos — e, com atraso, chegaram aqui. 

Para conter o voo das cotações da moeda americana, o Banco Central (BC) agiu rápido. Como se tornou de praxe durante a semana anterior — depois da fala desastrada do ministro da Economia, Paulo Guedes, e o acirramento do cenário envolvendo o coronavírus —, a instituição injetou dólares no mercado por meio de leilões de contratos de swap cambial reverso, uma espécie de mecanismo para a compra de moeda a valores no futuro. O BC colocou à disposição dos investidores 1,5 bilhão de dólares, numa tentativa, digamos, eficaz de segurar a alta e anunciada de prontidão, ainda pela manhã, antes da abertura do mercado que, por causa da Quarta-Feira de Cinzas, ficou fechado até as 13h. Poderia ter sido pior.

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