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Steinbruch ameniza tom e diz que governo apoia indústria

Depois de afirmar que 'só louco investe no Brasil', presidente da Fiesp e da CSN disse nesta segunda que conversas com o governo "têm evoluído"

Por Da Redação
29 set 2014, 19h12

O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e presidente em exercício da federação da indústria (Fiesp) Benjamin Steinbruch, amenizou o tom de suas críticas recentes em relação ao governo e disse nesta segunda-feira, em entrevista a jornalistas, que as conversas com o governo têm evoluído de forma positiva. “A indústria precisa de apoio, e o governo tem nos dado”, disse o empresário, num tom exatamente oposto ao que adotou um mês atrás, ao criticar a política econômica do governo e dizer que “só louco investe no Brasil”.

Segundo Steinbruch, as medidas para incentivar as exportações poderão ajudar a indústria a ganhar agilidade, de forma a conquistar mais espaço no cenário externo. “Buscamos uma solução para amenizar o problema da indústria no Brasil para ganharmos mais competitividade”, disse Steinbruch. Ele completou dizendo que as medidas são ainda mais importantes neste momento em que o real está valorizado em relação ao dólar, fato que tem prejudicado a competitividade das companhias ao colocar produtos no exterior.

Nesta segunda o governo federal anunciou a antecipação da entrada em vigor da alíquota de 3% do Reintegra, programa de créditos sobre exportações para empresas de manufaturados. O benefício fiscal passará a valer a partir de outubro deste ano, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A alíquota atual do Reintegra é de 0,3% e, inicialmente, a de 3% deveria valer apenas a partir do começo de 2015.

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Segundo ele, a indústria brasileira tem sofrido diante do fraco desempenho da economia, que diminuiu a demanda no mercado interno. O empresário disse que a indústria tem tentado se apoiar nas exportações para conseguir diminuir os estoques que têm se acumulado ao longo dos últimos meses. “Estamos tendo um problema maior com o desaquecimento da economia e o governo está fazendo o possível para fazer o mercado interno voltar à normalidade, para assim a indústria poder voltar a andar a plena capacidade”, disse. O presidente da Fiesp acredita que o mercado doméstico vai se fortalecer “certamente” no próximo ano e “quem sabe” ainda neste ano.

Mudança – O tom adotado na coletiva de imprensa contradiz o que Steinbruch disse em outras ocasiões, como a declaração de que “só louco investe no Brasil“, ao falar que o custo Brasil não permite competir. “Medidas paliativas não adiantam. Eu só acredito em uma solução se houver algo muito diferente para solucionar nossos problemas”, disse, destacando a taxa elevada de juros no Brasil.

(Com Estadão Conteúdo)

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