Por Angela Moon
NOVA YORK (Reuters) – Para o mercado acionário dos Estados Unidos, o ano de 2011 foi uma longa e agitada jornada sem destino.
O S&P 500 sofreu fortes oscilações no pregão desta sexta-feira, mas encerrou praticamente estável um ano cheio de drama e temores. Ele recuou meros 0,003 por cento, sua menor variação anual desde 1947, segundo a Standard & Poor’s.
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,57 por cento, para 12.217 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 teve desvalorização de 0,43 por cento, para 1.257 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,33 por cento, para 2.605 pontos.
Os mercados globais foram golpeados neste ano pela crise da zona do euro, conflitos no Oriente Médio e impasses políticos nos EUA. Incidentes similares devem aguardar investidores em 2012.
“Os resultados e os fundamentos de companhias estiveram lá, mas a crise política e a paralisia em Washington e na Europa pesaram demais”, disse Martin Sass, fundador e administrador do fundo de hedge M. D. Sass, que gerencia 7,5 bilhões de dólares.
“Eles sobrecarregaram os fundamentos. Eu não achava que a crise da zona do euro seria tão prolongada como ela se mostrou”, disse.
O Dow avançou 5,5 por cento no ano, conforme investidores buscaram segurança em ações de grandes corporações com bom pagamento de dividendos. O Nasdaq acumulou perda de 1,8 por cento.
Investidores descontaram sua ira no setor financeiro, que teve o pior desempenho do ano, com recuo de mais de 18 por cento. Temores sobre a exposição à Europa e a ameaça de uma crise financeira renovada afetaram esses papéis.
A ação com a pior performance do Dow foi a do Bank of America, que despencou 58,3 por cento neste ano e também teve uma das quedas mais expressivas do S&P 500. O papel do JPMorgan apresentou desvalorização de 21,6 por cento em 2011.
A ação da Cabot Oil & Gas foi a única componente do S&P 500 que dobrou de valor em 2011 -registrando alta de 100,5 por cento- seguida por outra companhia de energia, a El Paso, cujo valor avançou 93,1 por cento. A pior ação do S&P 500 foi a da First Solar, já que os papéis da empresa foram atingidos pela queda no preço de paineis solares. No ano, os papéis recuaram 74,1 por cento.