Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Soldados israelenses fecham 2 canais de televisão palestinos em Ramala

Por Da Redação
29 fev 2012, 08h43

Ramala, 29 fev (EFE).- Soldados e funcionários do Ministério de Comunicações de Israel fecharam nesta quarta-feira duas emissoras de televisão em Ramala, após confiscar equipamentos de transmissão e computadores em diversas batidas efetuadas em solo palestino.

A operação aconteceu nesta madrugada nas redações da emissora privada ‘Watan’ e do canal ‘Al Quds’, ligado à universidade palestina de mesmo nome, informaram as redes.

Além disso, quatro funcionários da ‘Watan’ foram detidos durante algumas horas: o responsável de produção Abdul Rahman Thaher, a correspondente Hamza Salaymeh, o especialista gráfico Ibrahim Milhim e o locutor Ahmad Zaki.

‘Me prenderam junto com meus companheiros e armaram uma confusão enorme nos escritórios. Ficaram muito aborrecidos ao ver uma foto de Khader Adnan (um preso palestino que ficou 66 dias em greve de fome) pendurada na parede’, afirmou um funcionário à agência palestina ‘Ma’an’.

Tanto o Exército como o Ministério de Comunicações israelense confirmaram a operação, enquanto o ministro de Telecomunicações palestino, Mashur Abu Daqa, condenou a ação.

Continua após a publicidade

O porta-voz do ministério israelense, Yejiel Shavi, afirmou à Agência Efe que a transmissão palestina ‘interferia’ nas ondas de rádio e televisão israelenses e na comunicação aérea, o que ‘poderia fazer com que um dia caísse um avião no aeroporto Ben Gurion’, perto de Tel Aviv.

‘Se os palestinos não fazem seu trabalho, teremos que fazê-lo nós mesmos’, disse, após argumentar que a operação respeita os Acordos de Oslo de 1993.

Esses acordos preveem que tanto Israel como a Autoridade Nacional Palestina (ANP) devem zelar para que suas respectivas transmissões não gerem interferências, enquanto um comitê técnico de especialistas deve estudar as eventuais questões que surjam.

As interferências de emissoras palestinas são uma queixa frequente dos colonos judeus na Cisjordânia, que afirmam ter dificuldades para escutar emissoras em hebraico em suas casas e em seus automóveis.

Continua após a publicidade

Por sua vez, uma porta-voz militar israelense indicou que a operação foi feita ‘conforme a lei’ e foi dirigida contra uma emissora ‘pirata’ e ‘após inúmeros pedidos para que se fossem eliminadas as transmissões ilegais’.

‘As frequências utilizadas pela estação interferem em outras, incluindo as de canais legais e a comunicação aérea’, acrescentou, antes de relatar que foram confiscados vários transmissores.

Por outro lado, o ministro de Telecomunicações palestino afirmou que Israel não tinha feito nenhum pedido prévio a respeito por meio dos canais oficiais e assegurou que as emissoras operavam de forma legal.

‘Ao colocar estas duas estações em ponto de mira, a ocupação israelense provoca nossa sociedade e nosso povo, especialmente os jovens’, disse em entrevista coletiva concedida em Ramala. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.