Sindicato quer negociar fim da greve no IBGE
O principal obstáculo para negociação é a demissão de quase 200 funcionários temporários
Após a segunda divulgação incompleta da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) ocorrida por causa da falta de coleta de dados em duas das seis regiões metropolitanas analisadas, o sindicato dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sinalizou que quer negociar o fim da greve que já dura dois meses. Segundo a diretora da executiva nacional do Assibge-SN, Ana Magni, o principal obstáculo para a volta ao trabalho é a demissão de quase 200 funcionários temporários, vista como uma represália a quem aderiu à greve.
“O principal ponto de impedimento que existe é que não há categoria que consiga sair de maneira honrosa de uma greve com trabalhadores demitidos”, acrescentou Ana. Recentemente, o IBGE informou que não estava renovando o contrato de temporários que estivessem com baixo nível de assiduidade e produtividade. A atitude é contestada pelo sindicato.
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Os dados mais recentes mostram que o quadro de funcionários do IBGE é composto por aproximadamente 5.900 efetivos e 4.339 temporários. Segundo a associação, as condições dos temporários é precária, já que eles ganham pouco mais de um salário mínimo, não têm carteira assinada nem FGTS. “Eles são responsáveis por uma parte importante das pesquisas, que é a coleta dos dados”, disse Ana.
A assessoria de imprensa do IBGE informou que, até o momento, não está marcado nenhum anúncio à imprensa da presidente do instituto, Wasmália Bivar. A greve dos servidores do IBGE foi deflagrada em 24 de maio. Os funcionários reivindicavam a valorização salarial ao patamar de outros órgãos de gestão, como Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários, além de realização de concurso público. O sindicato também pedia a saída de Wasmália e de todo o conselho diretivo do instituto.
(Com Estadão Conteúdo)