Siemens e Mitsubishi elevam oferta por Alstom
Na quinta-feira, a concorrente GE já havia apresentado uma nova proposta no âmbito da batalha pela compra da divisão de energia do grupo francês
A Siemens e a Mitsubishi Heavy Industries (MHI) elevaram sua oferta conjunta pelo braço de energia da Alstom nesta sexta-feira, desafiando a General Electric, que anunciou na quinta-feira uma nova oferta. Elas simplificaram a estrutura da sua oferta e elevaram a fatia que darão em dinheiro em 1,2 bilhão de euros, para 8,2 bilhões de euros. Com isso, a divisão de energia da Alstom foi avaliada em 14,6 bilhões de euros – 400 milhões a mais do que na oferta anterior e ainda bem acima dos 12,4 bilhões de euros da GE.
O governo francês disse que vai vetar qualquer acordo que não proteja os empregos franceses e o controle sobre atividades estratégicas. A decisão deverá ser anunciada no mais tardar na segunda-feira, antes da reunião do Conselho da Alstom. Os representantes do governo francês devem consultar nesta sexta-feira seus principais ministros antes de realizar nova rodada de discussões com a GE e a Siemens-MHI. A briga pelo controle da área de energia da Alstom é uma das mais ferozes batalhas industriais da Europa em anos.
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“Essa proposta é superior industrialmente, financeiramente e socialmente”, informou a Siemens, reafirmando compromissos para criar novos postos de trabalho na França, compromisso que o conglomerado norte-americano também assumiu.
A nova proposta da Siemens-MHI ainda prevê a compra do braço de turbina a gás da Alstom pela Siemens. A MHI ofereceu-se para comprar participação de 40% no combo de negócios hídrico, à vapor e de redes, empacotando-os em uma única companhia em vez de três joint ventures. Segundo fontes ligadas a Alstom, este seria um plano demasiadamente agressivo.
Na quinta-feira, a GE apresentou uma oferta atualizada para comprar a unidade de energia e redes do grupo da Alstom, que irá incluir duas joint ventures em redes e energia renovável e uma aliança global nuclear.
Alstom, que é famosa por fabricar os icônicos TGV – trens de alta velocidade – franceses, é um grande empregador do setor privado do país e foi socorrida pelo governo há uma década.