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Setor privado da zona do euro encolhe mais em maio–PMI

Por Da Redação
24 Maio 2012, 10h08

Por Jonathan Cable

LONDRES, 24 Mai (Reuters) – O setor privado da zona do euro encolheu ainda mais este mês, à medida em que novos pedidos caíram, forçando empresas a atrasar a produção e cortar a força de trabalho, segundo índices de gerentes de compras preliminares (PMI, na sigla em inglês) do instituto Markit divulgados nesta quinta-feira.

E para a preocupação de formuladores de política econômica, a recessão que começou em membros periféricos menores está dirigindo-se para países centrais, como Alemanha e França, cujos crescimentos fracos têm deixado o bloco solvente.

“O enfraquecimento da produção manufatureira levou a economia da Alemanha a uma pequena contração pela primeira vez desde novembro”, disse o economista sênior do Markit Tim Moore.

O PMI composto da zona do euro, uma combinação dos índices dos setores manufatureiro e de serviços e visto como um guia do crescimento, caiu para 45,9 este mês ante 46,7 em abril, a menor leitura desde junho de 2009.

“A pesquisa é amplamente consistente com o Produto Interno Bruto caindo pelo menos 0,5 por cento na região no segundo trimestre, ao passo que uma recessão crescente na periferia afeta França e Alemanha”, disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.

Dados oficiais mostraram que a zona do euro escapou da recessão por pouco, uma vez que a economia ficou estagnada no primeiro trimestre, apoiada por um forte crescimento na Alemanha. Mas uma pesquisa da Reuters feita na semana passada prevê contração de 0,1 por cento no atual trimestre.

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Os setores de serviços e manufatureiro da zona do euro mostraram declínio da atividade num ritmo mais rápido que o esperado, apesar de as empresas cortarem preços para incentivar os negócios, de acordo com as leituras preliminares dos PMIs.

O PMI preliminar deste mês para o setor de serviços caiu para 46,5 ante 46,9 em abril, mínima de sete meses e abaixo das expectativas de 46,9. Maio é o quarto mês seguido em que o índice fica abaixo da linha de 50, que divide crescimento de contração.

Os manufatureiros mostraram um quadro similar, com o PMI caindo para 45,0, o menor nível desde junho de 2009, quando o bloco estava em recessão, e abaixo da leitura do mês passado de 45,9 e da expectativa de 46,0.

O índice de produção para o setor, que guiou grande parte da recuperação do bloco na última recessão, encolheu para 44,7 ante 46,1.

PAÍSES CENTRAIS SOFREM

Dados do PMI da Alemanha, a maior economia da Europa, mostraram que o setor manufatureiro do país contraiu num ritmo muito mais rápido que o esperado, enquanto o setor de serviços teve apenas um crescimento pequeno.

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Na vizinha França, ambos os setores contraíram mais rapidamente do que o esperado pela maioria dos economistas.

“Os dados do PMI (francês) apontam firmemente em direção a uma contração do PIB do segundo trimestre, seguindo a estagnação no primeiro”, disse o economista sênior do Markit Jack Kennedy.

E as coisas não devem melhorar em breve, na medida em que o índice de novos negócios para o setor de serviços da zona do euro caiu para 45,3 este mês ante 45,4 em abril, a mesma leitura de outubro, quando atingiu a mínima em 27 meses. Esse resultado aparece apesar das empresas cortarem preços nos últimos nove meses, com exceção de um mês.

Como os negócios diminuíram, as empresas tiveram que cortar a força de trabalho, mantendo o índice de emprego composto numa marca de equilíbrio de 48,3, levemente acima da leitura de abril de 48,1.

A taxa de desemprego da zona do euro atingiu 10,9 por cento em março, igualando o recorde de alta de 15 anos atrás, e uma pesquisa da Reuters mostrou que a taxa atingirá o pico de 11,4 por cento até o final deste ano ou no início do ano que vem.

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