Setor externo tem déficit de US$ 1,9 bilhão em fevereiro
Foi o menor resultado negativo desde agosto de 2009, quando estava em US$ 828,5 milhões, diz Banco Central
Após um déficit de 4,81 bilhões de dólares em janeiro, o rombo das transações correntes somou 1,91 bilhão de dólares em fevereiro, conforme o Banco Central (BC). O déficit do mês passado é o menor desde agosto de 2009, quando estava em 828,5 milhões de dólares. A conta externa é formada pelos resultados da balança comercial, serviços e rendas.
A projeção do BC para a conta corrente do mês passado era de um rombo menor: 1,5 bilhão de dólares. Já levantamento da Agência Estado apontava a expectativa de um saldo positivo de 180 milhões de dólares.
A balança comercial registrou um saldo positivo de 2,86 bilhões de dólares em fevereiro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em 1,92 bilhões de dólares. A conta de renda primária também ficou deficitária em 3,13 bilhão de dólares. No caso da conta financeira, o resultado ficou no vermelho em 1,41 bilhão de dóalres. Já os investimentos diretos no país (IDP) somaram 5,92 bilhões de dólares.
No bimestre, o rombo nas contas externas soma 6,73 bilhões de dólares. No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em 46,27 bilhões de dólares, o que representa 2,67 % do Produto Interno Bruto (PIB).
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Previsão – A recessão econômica, que diminui a busca por produtos no exterior, e o dólar alto devem seguir contribuindo para uma forte melhora das contas externas neste ano. Tendo isso em conta, o BC ajustou significativamente sua projeção para o déficit em transações correntes do país a 25 bilhões de dólares em 2016, ante saldo negativo de 41 bilhões de dólares.
Em relação ao IDP, o BC manteve sua projeção para o ano em 60 bilhões de dólares.A queda do déficit em transações externas é positiva pois traz consigo menor necessidade de financiamento internacional para a economia, fluxo que tende a ser colocado em xeque em momentos de forte volatilidade dos mercados
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)