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Setor de serviços dos EUA tem maior nível em 1 ano

Na contramão das previsões do mercado, índice sobe em fevereiro e especialistas reafirmam que economia americana dá sinais de recuperação

Por Da Redação
5 mar 2012, 14h50

O setor de serviços dos Estados Unidos cresceu em seu ritmo mais rápido em um ano no mês de fevereiro. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, contribuiíam para a alta as áreas ligadas ao mercado imobiliário e um ganho em novos pedidos. O Instituto para Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que o seu índice de serviços subiu para 57,3 no mês passado, ante 56,8 em janeiro. A expectativa de economistas era de queda para 56,1.

Esse foi o nível mais alto do índice desde fevereiro de 2011 no setor de serviços, que engloba cerca de dois terços da atividade econômica norte-americana. Uma leitura acima de 50 indica expansão para o índice. A medida de novos pedidos subiu de 59,4 para 61,2, enquanto o índice de emprego caiu de 57,4 para 55,7.

“Esse relatório foi sólido no geral”, disse o economista-chefe para os Estados Unidos do RBC Capital Markets em Nova York Tom Porcelli, apontando especialmente para o ganho do componente de futuros novos pedidos. “Esse nível do ISM não muda nossa visão de que continuamos olhando para um crescimento de aproximadamente 2% do PIB neste ano, mas a economia está se mantendo em alta e é certamente isso que se quer ver.”

Mais empregos – O índice de emprego do ISM caiu, sugerindo que o crescimento do emprego no setor desacelerou, mas economistas disseram que o resultado continua consistente com um bom aumento das folhas de pagamento na pesquisa mais abrangente do mercado de trabalho excluindo o setor rural, do Departamento do Trabalho, que será divulgada na sexta-feira.

Espera-se que o relatório oficial de emprego da sexta-feira mostre que a economia acrescentou 210.000 empregos em fevereiro, abaixo da alta de 243.000 de janeiro.

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O índice de preços do ISM subiu de 63,5 para 68,4, sugerindo que as companhias podem começar a ser pressionadas por custos mais altos de insumos. Os setores de aluguel e de leasing de imóveis lideraram o crescimento, segundo o ISM, sugerindo que o setor imobiliário foi impulsionado pelo calor fora de época.

O banco de investimento Goldman Sachs aumentou nesta segunda-feira sua perspectiva de crescimento para a economia dos Estados Unidos de 1,9% para 2% no ano, após o surpreendente relatório do setor de serviços do ISM. “No geral, o relatório sugere crescimento firme na atividade do setor de serviços dos Estados Unidos”, escreveu o banco em um comunicado sobre os dados.

A resiliência na expansão total do setor contrastou com os dados do setor privado da zona do euro divulgados mais cedo nesta segunda-feira, que mostraram que as empresas italianas e espanholas levaram o bloco monetário a uma nova recessão no mês passado.

Encomendas caem – Um outro relatório divulgado nesta segunda-feira mostrou que as novas encomendas de produtos industriais dos EUA tiveram a maior queda em um ano no mês de janeiro, apesar do ganho de dezembro, cujo resultado foi revisado para cima de 1,1% para 1,4%.

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A queda ficou abaixo da expectativa do mercado. O Departamento de Comércio informou que as encomendas de bens manufaturados caíram 1%, declínio menos acentuado do que a perda de 1,5% das projeções privadas em uma pesquisa da Reuters. Foi o maior declínio desde outubro de 2010.

Os mercados financeiros tiveram pouca reação imediatamente após os dados, uma vez que os investidores focaram na redução da meta de crescimento econômico da China para 7,5%.

Ambos os dados dos Estados Unidos apontam que há consistência com uma melhora da economia, disse o analista de mercado da Western Union Business Solutions em Washington Joe Manimbo.

Sobre as encomendas à indústria, Manimbo disse: “Apesar da leitura negativa, ela foi um pouco melhor do que as expectativas e o número prévio foi revisado para cima, portanto eu novamente acho que é consistente com a economia se encaminhada na direção certa”.

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(Com Reuters)

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