WASHINGTON (Reuters) – Os novos pedidos para bens manufaturados dispararam em novembro ante a forte demanda por aeronaves, mas um termômetro dos planos de gastos das empresas caiu pelo segundo mês, sugerindo um esfriamento dos investimentos.
As encomendas de bens duráveis dispararam 3,8 por cento depois de ficarem estáveis em outubro, disse o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. Economistas tinham previsto encomendas em alta de 2 por cento, de uma queda anterior de 0,5 por cento.
Bens duráveis abrangem de torradeiras a itens caros, como aeronaves, que devem durar pelo menos três anos.
Excluindo transportes, as encomendas aumentaram 0,3 por cento após elevação de 1,5 por cento em outubro. Encomendas de capital fora do setor de defesa excluindo aeronaves, um indicador observado de perto para os gastos das empresas, caíram 1,2 por cento.
A categoria havia apresentado queda de 0,9 por cento em outubro. Economistas esperavam ganho de 1 por cento no mês passado.
O gasto das empresas, que ajudou a economia a se recuperar da recessão de 2007 a 2009, está desacelerando, mas analistas ainda esperam que as corporações mantenham cerca de 2 trilhões de dólares em dinheiro para continuar investindo em capital.
As encomendas de bens duráveis no mês passado foram impulsionadas por um crescimento de 14,7 por cento em equipamentos de transporte, já que as encomendas para aeronaves civis aumentaram 73,3 por cento.
A Boeing recebeu 96 encomendas de aeronaves, de acordo com o website da fabricante de aviões, acima das 7 encomendas em outubro.
As encomendas para veículos motorizados, contudo, diminuíram 0,5 por cento depois de terem aumentado 5,9 por cento no mês anterior.
Fora o setor de transporte, os detalhes do relatório foram mistos, com as encomendas de maquinário aumentando, mas a demanda por computadores e produtos relacionados em queda.
O declínio nas encomendas por veículos motorizados, computadores e equipamentos elétricos pode estar relacionada às interrupções no canal de suprimento em seguida à enchente na Tailândia.
As vendas de bens de capital de fora do setor de defesa excluindo aeronaves, que entram no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), caíram 1 por cento depois de declinarem 0,8 por cento em outubro.
(Reportagem de Lucia Mutikani)