Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Senado tira de pauta MP do Contrato Verde e Amarelo e medida irá caducar

Projeto que flexibiliza regras para contratação de jovens e pessoas com mais de 55 anos perde a validade se não for votado até segunda-feira

Por Larissa Quintino Atualizado em 17 abr 2020, 15h19 - Publicado em 17 abr 2020, 14h55

A escalada de tensão entre o Executivo e Legislativo ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira, 17. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), retirou da pauta a medida provisória 905, conhecida como Contrato Verde e Amarelo. A MP flexibiliza obrigações trabalhistas para fomentar a contratação de jovens entre 18 a 29 anos e pessoas acima dos 65 anos. A validade da medida, que já passou pela Câmara, é até segunda-feira, 20. Oficialmente, a posição do Senado é de focar na votação de matérias emergenciais, ou seja, medidas de combate aos danos da pandemia do novo coronavírus. Porém, o clima entre o governo e o Congresso piorou após a demissão de Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) do Ministério da Saúde e ataques de Jair Bolsonaro ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ao anunciar a retirada do texto da pauta, Alcolumbre disse que não irá prever a votação na medida na segunda-feira, a não ser que as lideranças de bancadas consigam costurar acordos para a aprovação. O senador afirmou que a sessão de segunda-feira será votada para a votação da ampliação do ‘coronavoucher’, medida que concede 600 reais de forma emergencial a trabalhadores informais afetados pela crise. O texto, que é de autoria do Senado, foi aprovado pela Câmara mas sofreu alterações, por isso, volta para o Senado. Se aprovado, vai à sanção presidencial.

ASSINE VEJA

Covid-19: Sem Mandetta, Bolsonaro faz mudança de risco nos planos A perigosa nova direção do governo no combate ao coronavírus, as lições dos recuperados e o corrida por testes. Leia na edição desta semana. ()
Clique e Assine

A MP, votada nesta semana pela Câmara, teve alterações em relação ao projeto inicial enviado pelo governo (como a manutenção da multa de 8% para contratos de trabalho sobre esse modelo e não 2% como desejava o governo) e também teve muitos questionamentos dos senadores. Defendida pelo governo como “fundamental” durante a pandemia, a MP já chegou no Senado sob polêmica dos líderes, que questionam o fato de ela alterar regras trabalhistas durante o estado de calamidade.

Continua após a publicidade

Inicialmente, o Senado tentava com a Câmara ‘fatiar’ a proposta, para se votar pontos em acordo e poder mexer no restante do texto, porém, não conseguiu se chegar a essa solução. “O senado vai apresentar o relatório, mas não temos nenhuma força para mexer no texto que veio da Câmara porque eles não vão votar novamente. Então, temos dificuldade de acreditar nos acordos que o senador Fernando Bezerra, como líder, apresenta”, disse o senador Rogério Carvalho (PT-SE), relator da MP.

“De fato, está complicada essa situação. Todo dia é a mesma coisa, colocam as matérias de forma atropeladas. A gente precisa de tempo. Não dá para superar o regimento, nem as normas estabelecidas. Isso dificulta muito”, disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O que é o Contrato Verde e Amarelo

O governo flexibilizou, por medida provisória, a contratação  de jovens entre 18 a 29 anos. A Câmara estendeu as mesmas condições para trabalhadores acima de 55 anos, com mais de um ano sem emprego de carteira assinada. E as empresas podem ter até 25% dos funcionários nas novas regras.

O empregador fica dispensado de pagar a contribuição ao INSS e ao sistema S. O programa é para funcionários que recebem até um salário mínimo e meio (1.567,50 reais), e os contratos podem durar, no máximo, dois anos.

A versão aprovada pelos deputados manteve o recolhimento das empresas ao FGTS em 8% – o governo tinha reduzido para 2%; em caso de demissão sem justa causa, a multa sobre o FGTS fica em 20% do saldo do trabalhado – para os demais trabalhadores, essa multa é de 40%; manteve a contribuição das empresas ao salário-educação – o governo queria retirar essa exigência.

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.