Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Senado impõe derrota ao governo e aprova reajuste automático a aposentados

Com a aprovação desta quarta, benefícios previdenciários serão reajustados pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores, o que deve acarretar em impacto de 9,2 bilhões de reais em gastos extras

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jul 2015, 19h47

O Plenário do Senado Federal impôs nesta quarta-feira nova derrota ao governo com a aprovação da proposta de reajuste automático do salário mínimo até 2019 extensiva para aposentados e pensionistas do INSS. Pela proposta confirmada pelos senadores, os benefícios previdenciários serão reajustados pela inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores – o que deve acarretar impacto de 9,2 bilhões de reais em gastos extras, de acordo com cálculos do Ministério da Previdência.

Diante da derrota, o governo começou a articular uma manobra para evitar que o texto aprovado sobre o salário mínimo fosse enviado para sanção da presidente Dilma Rousseff, mas a tentativa fracassou. Em uma artimanha regimental, o líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), exigiu que a redação final sobre o tema fosse publicada antes de ser colocada em votação no Plenário.

LEIA TAMBÉM:

Governo pagará parte do abono salarial deste ano só em 2016

Renan indica mudança em texto que altera reajuste para aposentados

Continua após a publicidade

A estratégia era procurar neste texto qualquer alteração de mérito que obrigaria que o tema fosse novamente votado pela Câmara dos Deputados. Como a medida provisória sobre a política de salário mínimo tem validade até o dia 7 de agosto, não haveria tempo suficiente para a Câmara votar novamente a proposta, ela perderia a vigência e a presidente Dilma não ficaria com o ônus político de vetar a proposta de reajuste para os aposentados. Contudo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, colocou em votação a redação final e conseguiu a aprovação do reajuste, inviabilizando a manobra. Neste caso, Dilma terá de vetar a medida.

Caso tivesse dado certo, o Palácio do Planalto não poderia enviar um novo texto com a mesma proposta de Política de Valorização do Salário Mínimo, mas uma alternativa seria, no vácuo de uma nova lei, editar uma nova MP apenas em 2016 com o reajuste pontual do salário mínimo, como já acontecia antes da criação da fórmula usada pelo Executivo para aumentar o mínimo.

Nesta quarta, o Plenário rejeitou uma proposta do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para que a fórmula de cálculo do mínimo levasse em conta outro índice de reajuste – o IPC-C1, IPC relativo às famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.