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Senado da Itália aprova definitivamente o plano de ajuste de Monti

Por Andreas Solaro
22 dez 2011, 13h53

O plano de ajuste elaborado pelo chefe do governo italiano, Mario Monti, por um valor de 20 bilhões de euros, foi adotado nesta quinta-feira definitivamente pela Itália, após receber a aprovação do Senado.

O severo pacote de austeridade do governo presidido pelo ex-comissário europeu, que reforma o sistema previdenciário e introduz novos impostos, obteve 257 votos a favor e 41 contra e havia sido aprovado em 16 de dezembro pela Câmara dos Deputados.

Os representantes da populista Liga Norte (direita) e da formação anticorrupção da Itália dos Valores (IdV) votaram contra o plano de ajuste, visto por eles como injusto e desequilibrado.

O severo plano com medidas para economizar 20 bilhões de euros e que inclui uma dura reforma da previdência e a ampliação dos impostos, prevê ainda investimentos de 10 bilhões de euros para impulsionar o crescimento.

A este programa se somam ainda outros dois planos de austeridade aprovados pelo governo de Silvio Berlusconi este ano.

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O ajuste idealizado por um executivo de tecnocratas foi criticado pelos sindicatos, que o acusam de ser injusto socialmente e por ter evitado tocar nas grandes fortunas.

Em seu discurso de defesa do plano de ajuste, Monti insistiu sobre a necessidade de a Europa enfrentar a crise econômica com medidas para estimular “o crescimento” e assegurou que a Itália poderá combater a crise com a “cabeça erguida” após aprovar os decretos, considerados por ele “de extrema urgência”.

O chefe do governo italiano, um tecnocrata, classificou de “crítico” o atual contexto e admitiu que as medidas representam uma “ação valente” para evitar que o país naufrague.

“Temos que confiar em nós mesmos”, disse Monti ao convidar os italianos a adquirir os títulos do Estado.

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“Não há crescimento sem disciplina financeira, não há estabilidade sem contas em ordem, mas tudo isso não é suficiente”, disse ele poucas horas antes de os senadores adotarem definitivamente o pacote de medidas com cortes de 20 bilhões de euros, destinados a obter o equilíbrio orçamentário.

“Os países membros da União Europeia devem ter como meta alcançar um crescimento duradouro”, afirmou. “Trabalharemos para que a Europa mude”, completou.

Monti anunciou que o governo tentará reformar em uma segunda fase “o mercado de trabalho” e pretende “dialogar” com as forças sociais, em particular com os sindicatos, contrários a eliminação do artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que impede a perda do emprego sem uma causa justa.

A mudança da idade de aposentadoria de 62 para 66 anos em 2012 para mulheres e homens e o imposto sobre imóveis são outras das medidas consideradas impopulares.

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Com o pacote de medidas, a Itália espera conquistar a confiança da Europa e reduzir a colossal dívida pública de 120% do PIB.

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