Segunda prévia confirma queda de 0,2% do PIB da eurozona no 1º tri
Dados divulgados nesta quarta-feira atestam que a economia registra o sexto trimestre consecutivo de queda
A economia da Eurozona registrou contração 0,2% no primeiro trimestre do ano, após um recuo de 0,6% no último trimestre de 2012, confirmou nesta quarta-feira a agência europeia de estatísticas Eurostat. Este é o sexto trimestre consecutivo que a economia dos 17 países-membros cai. Em ritmo anual, o PIB da Eurozona caiu 1%.
Quando foi divulgada a primeira prévia, em 15 de maio, economistas atribuíram o PIB baixo ao inverno rigoroso no hemisfério Norte, situação que teria afetado diretamente a Alemanha, principal economia do bloco. Contudo, a Alemanha conseguiu escapar da recessão neste início de 2013 ajudada pelo consumo interno. O país registrou expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2012.
A Espanha, por outro lado, não está tendo a mesma sorte. Com um desemprego galopante, o país vive sete trimestres consecutivos de queda do PIB. A economia espanhola caiu 0,5% entre janeiro e março deste ano, três décimos menos que no trimestre precedente. Em termos anualizados, a queda chegou a 2%, um décimo mais que no trimestre anterior. A França, segunda economia da zona do euro, registrou retrocesso de 0,2% e entrou oficialmente em recessão neste ano.
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Revisão – Já a economia de Portugal caiu 4% durante o primeiro trimestre de 2013 em comparação com o mesmo período do ano anterior, por causa principalmente da fraqueza de sua demanda interna. Os dados do país, divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), agravam desta forma a ‘estimativa preliminar’ divulgada em meados de maio, que apontava para uma queda anualizada de 3,9%. Em comparação com os três últimos meses de 2012, a redução do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal entre janeiro e março foi de 0,4%.
Nesta quarta-feira a Eurostat também publicou o indicador de vendas no varejo na zona do euro. O componente, crucial nos gastos das famílias, caiu 0,5% em abril, indicando que a alta nos gastos registrada nos três primeiros meses do ano já pode ter perdido força. Este é o terceiro mês consecutivo de declínio e a maior queda desde dezembro de 2012. Na comparação anual, as vendas no varejo recuaram 1,1% em abril. Economistas consultados pela Dow Jones haviam previsto quedas de 0,1% na comparação mensal e de 0,7% no ano.
(com Estadão Conteúdo e Agence France-Presse)