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Se pré-sal vingar, Brasil deve se tornar grande exportador, diz AIE

Devido às condições difíceis e onerosas de extração de petróleo em águas profundas, o custo da produção no Brasil será superior a de outras regiões como o Oriente Médio e a Rússia, criando um ambiente mais desafiador

Por Da Redação
12 nov 2013, 13h53

O Brasil se transformará nos próximos anos num dos maiores exportadores de petróleo e um dos principais produtores de energia do mundo, afirmou a Agência Internacional da Energia (AIE) em relatório divulgado nesta terça-feira.

Para 2035, a produção petroleira do Brasil deve triplicar e alcançar seis milhões de barris diários (mbd), contribuindo com um terço do crescimento da produção líquida mundial e fazendo do país o sexto maior produtor de petróleo do mundo. A AIE ainda prevê que a produção de gás se multiplicará por cinco, o que permitirá cobrir até 2030 as necessidades do país, apesar de o consumo crescer exponencialmente.

No entanto, a agência adverte que para atingir as expectativas, o Brasil deverá implementar um programa de investimentos sério, diante de um cenário adverso. A AIE explica que, devido às condições difíceis e onerosas de extração de petróleo do pré-sal, o custo da produção será superior a de outras regiões como Oriente Médio e Rússia. Além disso, a maior parte dos investimentos necessários virá da Petrobras, o que colocará em xeque a capacidade da estatal de dedicar recursos suficientes à exploração. A isso se soma o compromisso de uso de conteúdo local, o que pressionará ainda mais uma cadeia de fornecimento já limitada.

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Investimentos – O Brasil precisará investir cerca de 90 bilhões de dólares anuais para poder garantir o consumo energético do país, segundo a AIE. As diversas fontes energéticas cobrirão 80% do aumento de consumo, incluindo o acesso universal à eletricidade. No caso da geração elétrica, a AIE recomenda o sistema de leilões para proporcionar novo capital ao setor energético e evitar pressionar o preço final pago pelo consumidor. “O desenvolvimento de um mercado de gás eficaz, atraente para novos atores, pode ajudar a fomentar os investimentos e melhorar a competitividade da indústria brasileira”, afirma o relatório.

O Brasil, um dos líderes mundiais das energias renováveis, também espera praticamente duplicar até 2035 a produção de energias limpas, mantendo sua participação de 43% do total da matriz energética. A energia hidráulica, que é a principal fonte energética do Brasil, apesar de tender a declinar, se soma ao peso preponderante que estão adquirindo outras fontes, como a eólica, o gás natural e a bioenergia.

O Brasil é o segundo produtor mundial de biocombustíveis e sua produção, principalmente à base de etanol produzido da cana de açúcar, triplicou. As áreas de cultivo são mais que suficientes para acomodar este aumento da produção sem atingir áreas de meio ambiente sensíveis.

Até 2035, os biocombustíveis cobrirão quase um terço da demanda interna do transporte por rodovia e as exportações implicarão 40% do comércio mundial desse tipo de combustível de origem vegetal, assegura o documento.

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EUA – Os Estados Unidos devem superar a Arábia Saudita e a Rússia e se tornarão o maior produtor de petróleo do mundo até 2016, informou a AIE, aproximando o país da autossuficiência e reduzindo a necessidade pelo petróleo ofertado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

No entanto, em meados de 2020 os campos de petróleo no Texas e na Dakota do Norte terão passado seu pico de produção e o Oriente Médio deve recuperar a liderança, especialmente como fornecedor para a Ásia, disse nesta terça-feira a agência, com sede em Paris.

A AIE, que orienta a política energética de potências ocidentais, havia previsto em seu relatório de Perspectivas para a Energia Mundial em 2012 que os EUA iriam superar a Arábia Saudita como maior produtor em 2017.

(Com Reuters e Agência France-Presse)

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