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Se gregos votarem ‘não’ estarão votando contra a Europa, diz líder da UE

Jean-Claude Juncker criticou a decisão do premiê grego de convocar um referendo para deliberar sobre as propostas dos credores internacionais

Por Da Redação
29 jun 2015, 11h52

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou nesta segunda-feira que, se os gregos votarem ‘não’ para as propostas dos credores internacionais para liberar o pacote de resgate, estarão votando contra a Europa.

Após as negociações entre o governo grego e os credores terminarem sem um acordo na última semana, o primeiro-ministro Alexis Tsipras convocou um referendo para consultar a população sobre as propostas das instituições marcado para o próximo domingo. Em relação a essa atitude, Juncker disse que se sentiu “traído” pelo líder grego, pois foi pego de surpresa com o anúncio do referendo. “Ele não me alertou”, disse.

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Depois de meses de boas relações com Tsipras durante as negociações, Juncker deixou de lado a cabeça fria do analista econômico e atacou verbalmente o primeiro-ministro, queixando-se de “egoísmo, jogos táticos e jogos populistas”.

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O presidente da Comissão Europeia disse ainda que a Grécia tem direito de realizar o referendo, mas que seria aconselhável para o governo grego “dizer a verdade ao povo grego, em vez de simplificar a sua mensagem a uma não mensagem”. “Os gregos precisam de um quadro mais claro sobre o que está em jogo no referendo”, acrescentou.

Para Juncker, a proposta dos credores de resgate à Grécia é “justa” e que as discordâncias com o país foram “exageradas”. Segundo ele, a proposta mais recente exige 12 bilhões de euros em cortes nos próximos anos do que o atual programa de resgate. Sobre uma possível saída do país da zona do euro, Juncker afirmou que esta nunca foi uma opção para ele e que deseja que o bloco permaneça com 19 países ou mais.

Merkel – Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira que a solidariedade europeia deve ser acompanhada por responsabilidade individual. “Surge repetidamente a questão sobre se os princípios podem ser colocados de lado”, disse Merkel, durante comemoração do 70º aniversário de fundação de seu partido, o União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em inglês). “Mas preciso dizer que não podemos fazer isso, porque queremos que a Europa saia mais forte do que quando entrou nessa crise.”

Desde o início das negociações, a chanceler alemã tem sinalizado que Berlim vai continuar mantendo uma postura dura em relação à Grécia.

A Grécia tem até amanhã para pagar uma dívida de quase 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e o pagamento é necessário para que o governo consiga mais ajuda financeira. A nova ajuda, no entanto, só virá se o país concordar com reformas econômicas propostas pelos credores, que incluem cortes no orçamento do governo e mudanças no sistema previdenciário. Se não houver acordo, a Grécia pode ter de deixar a zona do euro.

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(Com Estadão Conteúdo)

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