O número dois do grupo Santander na Espanha, Alfredo Sáenz, poderá em breve deixar a presidência do banco e abre caminho para uma gama de especulações sobre sua sucessão. O executivo, que responde diretamente ao presidente do conselho do banco (e fundador), Emilio Botín, foi julgado e condenado pela Suprema Corte espanhola por cometer acusações criminais falsas na época em que presidia outro banco espanhol, o Banesto – hoje pertencente ao Santander. A pena atribuída a Sáenz é de oito meses de prisão e inclui também sua expulsão de qualquer cargo ligado ao sistema bancário do país.
Segundo a imprensa espanhola, o executivo planeja recorrer à sentença – o que lhe garantiria mais um ano de permenência no banco, enquanto o processo é novamente julgado. A pena ainda não foi oficialmente divulgada pela corte da Espanha, mas vazou para os meios de comunicação do país.
Sucessão – Segundo a reportagem do jornal The Wall Street Journal, os holofotes se voltam para os possíveis sucessores de Sáenz. Emilio Botín poderia, de acordo com o veículo, voltar para a presidência executiva do grupo, enquanto um sucessor é preparado para o cargo. A mais provável candidata a ocupar a segunda maior cadeira no segundo maior banco da Europa é Ana Patrícia Botín, filha do fundador, que já trabalhou no JP Morgan e está no Santander desde 1988. A herdeira de Emilio Botín atualmente preside o Banesto.
Outra opção, na avaliação do jornal, é Francisco Luzón, presidente do banco para a América Latina. Também estão entre os cotados os irmãos Matías Rodríguez Inciarte e Juan Rodríguez Inciarte, que trabalham com Botín há mais de duas décadas. Por último, o atual diretor financeiro do grupo na Espanha, José António Álvarez, seria outra alternativa. Aos 51 anos, Álvarez veio do concorrente Bilbao Viscaya e tem se destacado na gestão do banco, principalmente após o bom desempenho do Santander durante e após a crise financeira. Ainda que o Brasil seja o principal mercado para o banco fora da Espanha, o principal nome brasileiro do Santander, Fabio Barbosa, não está entre os executivos cotados para o cargo de Sáenz – segundo o WSJ.