Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Samsung é abalada por crise provocada por baterias explosivas

Ações da empresa na Bolsa de Seul caem 4% após dois de seus maiores clientes terem suspendido operações com o smartphone Galaxy Note 7 no fim de semana

Por Da redação
Atualizado em 10 out 2016, 10h22 - Publicado em 10 out 2016, 10h20

A crise segue rondando a empresa sul-coreana Samsung Electronics, que anunciou nesta segunda-feira um “ajuste de volumes de produção” de seu telefone Galaxy Note 7, convocado a um recall devido a riscos de explosão. O primeiro fabricante mundial de smartphones passa por tempos difíceis desde que em 2 de setembro, semanas depois do lançamento antecipado do Galaxy Note 7, suspendeu as ventas deste “phablet” (híbrido de smartphone e tablet) e convocou a um recall 2,5 milhões de unidades vendidas em dez países após a descoberta de que, em alguns casos, as baterias defeituosas poderiam explodir.

Leia também:
Cargos públicos pagam seis dos dez salários mais altos no Brasil
Britânico e finlandês dividem Nobel de Economia

A operação parecia avançar corretamente até que novos incidentes foram detectados em aparelhos Galaxy Note 7 que já haviam sido substituídos. No domingo, o gigante americano de telecomunicações AT&T e seu concorrente alemão T-Mobile anunciaram que interrompiam as operações com os Galaxy Note 7 à espera de investigações adicionais. O AT&T é o terceiro maior cliente da Samsung, e o T-Mobile o quarto.

Isso fez com que a ação da Samsung chegasse a perder nesta segunda-feira até 4% na bolsa de Seul, embora tenha terminado a sessão com um retrocesso de 1,52%. Além disso, segundo a agência de notícias Yonhap, que cita como fonte o responsável de um fornecedor do gigante sul-coreano, a Samsung teria suspendido temporariamente a produção do Galaxy Note 7.

Esta decisão foi adotada em coordenação com as autoridades de proteção do consumidor da Coreia do Sul, Estados Unidos e China, indicou a fonte, que pediu o anonimato, à agência sul-coreana. Mas a Samsung tentava na tarde desta segunda-feira (no horário da Coreia do Sul) esclarecer a situação. “Estamos tentando ajustar os volumes de produção para melhorar o controle de qualidade e permitir investigações mais profundas após as crescentes explosões do Galaxy Note 7”, indicou o grupo em um comunicado.

Continua após a publicidade

As imagens de telefones carbonizados inundaram as redes sociais de todo o mundo nas últimas semanas, um dano grave na imagem de uma marca que se vangloria de ser o campeão da inovação e da qualidade. E os incidentes reiterados em aparelhos já substituídos agravaram ainda mais a situação da Samsung.

A crise ocorre num momento que não podia ser pior. Após os anos excepcionais de 2012-2013, a Samsung começou a sofrer com a concorrência da americana Apple e dos grupos chineses. E o grupo sul-coreano contava com este modelo para sustentar seu crescimento até o fim do ano, em um mercado cada vez mais competitivo.

Os analistas consideram que o custo desta convocação a um recall oscila entre 1 e 2 bilhões de dólares. “É novamente algo muito grave”, declarou S.R. Kwon, analista da Dongbu Securities. “Podem chegar a retirar o Note 7 do mercado. O mais inquietante é que as coisas não parariam por aí”. “Isso vai danificar a imagem de marca da Samsung e penalizará as vendas de outros smartphones Galaxy”, previu.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.