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Samarco já não espera retomar operações no país em 2016, diz executivo

Retorno às atividades é fundamental para que a mineradora pague indenizações bilionárias após o desastre ambiental em Mariana (MG), que matou 19 pessoas em 2015

Por Da Redação
15 jun 2016, 21h16

A mineradora Samarco não tem mais expectativa de voltar a operar neste ano no Brasil por não ter clareza sobre quando conseguirá as licenças necessárias para retomar as atividades. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo gerente-geral de Recursos Humanos da companhia, Benedito Waldson, em entrevista à agência Reuters.

A volta da mineradora, formada a partir de uma união operacional entre a Vale e a BHP Billiton, é fundamental para a pagar indenizações bilionárias acertadas com o governo federal após o rompimento de uma barragem em Mariana (MG), em novembro do ano passado.

A empresa tinha a expectativa de retomar suas operações, com cerca de 60% da capacidade, até o fim deste ano. A produção estimada para o retorno seria de 19 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano – antes do acidente, a produção era de 30 milhões de toneladas anuais.

Para voltar a funcionar, a empresa depende de autorizações do órgão ambiental de Minas Gerais (Semad) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O retorno às operações, frisou Waldson, também é importante para a manutenção dos empregados da mineradora.

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Devido à necessidade de adequar a força de trabalho à nova realidade da empresa, a Samarco apresentou aos sindicatos nesta quarta-feira uma proposta final para o Programa de Demissões Voluntárias (PDV) que será oferecido aos cerca de 3.000 empregados da empresa, em Minas Gerais e no Espírito Santo.

“A gente espera desligar em torno de 1.200 (funcionários). Vamos ficar com 1.800 funcionários aguardando uma definição sobre a retomada da empresa, das operações, o que está ficando cada vez mais distante”, afirmou Waldson. “Nós já não temos mais expectativa de que isso ocorra em 2016.”

Os empregados da Samarco poderão aderir ao PDV entre os dias 27 de junho e 29 de julho deste ano. Waldson explicou que os níveis gerenciais, com exceção de chefe de equipe, não poderão aderir ao PDV. Nesse caso, a Samarco irá escolher quem deverá deixar os quadros da empresa e os funcionários demitidos terão os mesmos benefícios do PDV.

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Entre as propostas do PDV estão incentivos financeiros e extensão de saúde suplementar oferecida pela companhia. Segundo Waldson, a companhia tem feito o possível para preservar empregos, já tendo adotado férias coletivas, licença remunerada e dois períodos de suspensão temporária do contrato de trabalho.

O colapso da barragem da Samarco foi considerado o maior desastre ambiental da história do país. A tragédia deixou dezenove mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, que deságua no mar do Espírito Santo.

(Com Reuters)

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